Unanimidade do Copom diminui incerteza e pode favorecer o real, avalia AC Pastore & Associados

Em relatório, os economistas Maria Cristina Pinotti, Alexandre Schwartsman, Diego Brandão, Matheus Ajzenberg e Rafael Coqueijo destacam que uma parcela da desvalorização recente do real se devia aos receios de uma política monetária mais frouxa a partir de 2025, quando mudará o presidente do BC

©  Reprodução

Economia Copom 20/06/24 POR Estadao Conteudo

A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) deve diminuir a incerteza criada desde o racha do colegiado na decisão de maio. Com isso, também pode contribuir para algum fortalecimento do real no curto prazo, afirma a consultoria A.C. Pastore & Associados. O colegiado manteve a Selic em 10,5% nesta quarta-feira, 19.

PUB

Em relatório, os economistas Maria Cristina Pinotti, Alexandre Schwartsman, Diego Brandão, Matheus Ajzenberg e Rafael Coqueijo destacam que uma parcela da desvalorização recente do real se devia aos receios de uma política monetária mais frouxa a partir de 2025, quando mudará o presidente do BC.

"Embora o cenário mais provável apontasse para um resultado unânime em junho, como observado, havia riscos de nova divisão, que, uma vez eliminados, devem levar a algum fortalecimento da moeda, embora sem retorno aos níveis que prevaleciam há algumas semanas", afirmam.

A decisão, eles dizem, também afasta parte dos temores criados pelas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última terça-feira, 18. O mandatário disse que o próximo presidente do BC será alguém que não se submeta a pressões do mercado, algo que foi entendido como um recado para os diretores indicados pelo governo - em especial Gabriel Galípolo (Política Monetária), cotado para o comando da autarquia.

"A unanimidade pode retirar algo da desconfiança do mercado em relação ao diretor de Política Monetária, caso este seja, de fato, indicado ao posto", afirmam os analistas da A.C. Pastore.

A consultoria alerta, no entanto, que as falas de Lula mantêm na mesa o risco de uma política monetária menos comprometida com a meta de inflação a partir de 2025. "A questão da sucessão no BC permanece em aberto, assim como a adoção de medidas que possam reverter o severo quadro de deterioração fiscal que se formou no País", afirma.

Leia Também: Banco Central decide taxa de juros em meio a ataques de Lula e o que importa no mercado

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Distrito Federal 13/01/25

Homem morre após tentar estuprar vaca em fazenda no Distrito Federal

mundo EUA 13/01/25

Incêndios devastam Los Angeles, e mansão intacta em Malibu chama atenção

justica Rio de Janeiro 13/01/25

Polícia investiga morte de jovem achado dentro de geladeira em Niterói

mundo Los Angeles 13/01/25

Sobe para 24 número de mortos em incêndios de Los Angeles

esporte VINÍCIUS-JÚNIOR 13/01/25

Vinícius Júnior negocia compra de time português por 10 milhões de euros

lifestyle Arroz 13/01/25

Cuidado ao reaquecer arroz; pode não ser seguro para sua saúde

lifestyle Ataque cardíaco 13/01/25

Ataque cardíaco: 11 sintomas que você nunca deve ignorar

justica Geovana 13/01/25

Menina desaparece após pegar ônibus para ir visitar a avó em Campo Grande

fama Spencer Treat Clark 13/01/25

Ator de 'Gladiador' perde casa em incêndios de Los Angeles

mundo Ucrânia/Rússia 13/01/25

Zelensky propõe trocar soldados norte-coreanos por ucranianos em Moscou