Desastre ambiental no RS segue influenciando negativamente confiança do comércio, diz FGV

Em médias móveis trimestrais, o indicador diminuiu 0,1 ponto, após seis altas seguidas.

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Economia Rio Grande do Sul 27/06/24 POR Estadao Conteudo

O desastre que aflige o Estado do Rio Grande do Sul permaneceu influenciando negativamente a confiança do empresário do comércio pelo segundo mês consecutivo, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 1,2 ponto na passagem de maio para junho, para 90,3 pontos, a segunda queda consecutiva. Em médias móveis trimestrais, o indicador diminuiu 0,1 ponto, após seis altas seguidas.

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"Em junho, a confiança do comércio recua pelo segundo mês consecutivo, apesar de em menor escala", avaliou Geórgia Veloso, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Conforme a economista, apesar do pessimismo, houve redução nas reclamações sobre o volume de demanda atual, que no mês anterior foram mais expressivas e disseminadas, enquanto no mês atual, apenas três segmentos se mantiveram pessimistas no indicador.

"O desastre ambiental no Rio Grande do Sul segue influenciando as percepções das empresas, que apontam, acima do padrão histórico, os Fatores Climáticos como limitação à melhoria dos negócios da empresa. O cenário das expectativas reforça a incerteza sobre a retomada do setor, que ainda enfrenta desafios significativos devido aos elevados níveis de endividamento e de taxas de juros", disse Geórgia Veloso.

Em junho, a queda na confiança ocorreu em dois dos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) encolheu 0,9 ponto, para 89,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) diminuiu 1,6 ponto, para 91,4 pontos, após três meses de avanços.

Entre os quesitos que compõem o IE-COM, o item que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses caiu 0,5 ponto, para 91,5 pontos, segundo recuo seguido, e as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses encolheram 2,6 pontos, para 91,6 pontos, depois de três meses de aumentos.

No ISA-COM, o item que avalia o volume de demanda atual caiu 1,3 ponto, para 89,5 pontos. As avaliações sobre a situação atual dos negócios encolheram 0,6 ponto, para 90,0 pontos.

"Apesar da queda recente, a confiança do comércio encerra o segundo trimestre 2,3 pontos acima do imediatamente anterior. O IE-COM, apesar de quedas pontuais, vem apresentando bons resultados em 2024 e registra o segundo trimestre consecutivo com resultado positivo. O ISA-COM, que atingiu em abril o maior nível desde março de 2020 (102,7 pontos), recuou nos meses seguintes, encerrando o trimestre com uma evolução mais tímida, 0,9 ponto em relação ao trimestre anterior", apontou a FGV.

A Sondagem do Comércio de junho coletou informações de entre os dias 3 e 25 do mês.

Leia Também: Presidente volta a pôr corte de gastos em xeque, e dólar vai a R$ 5,51

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