'Guerra não acabou', diz Netanyahu após morte de número 1 do Hamas

A morte de Yahya Sinwar foi confirmada nesta quinta-feira (17)

© Getty Images

Mundo Guerra 17/10/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que "a guerra não acabou" em primeiro pronunciamento após o exército do país matar Yahya Sinwar, líder do grupo extremista Hamas. A morte foi confirmada nesta quinta-feira (17).

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"Precisamos resgatar os sequestrados", afirmou o primeiro-ministro. No momento, Israel contabiliza 101 pessoas reféns em Gaza, quase todos sequestrados no dia 7 de outubro. "Libertem-os e deixaremos vocês viverem", disse.

"Sinwar foi eliminado, mas a missão ainda não acabou e precisamos resgatar os sequestrados", disse Benjamin Netanyahu, em pronunciamento.

Sinwar estava com outros dois membros do Hamas em Tal as Sultan, perto de Rafah, no sul do enclave, quando foi morto, segundo Israel. As Forças de Defesa afirmaram que os soldados mataram três homens armados e só desconfiaram da identidade do líder do Hamas após o assassinato.

O líder do Hamas é apontado como "arquiteto" do ataque terrorista de 7 outubro. Segundo o canal Al Jazeera, ele era considerado "inimigo número 1" de Israel desde então.

QUEM É YAHYA SINWAR

O líder do Hamas tem 62 anos e nasceu em Khan Younis. Ele se uniu ao grupo extremista em 1987, pouco após a fundação do Hamas.

Pais dele foram alocados para campo de refugiados após criação de Israel. Eles eram moradores de Majdal Askalan, que tornou-se Ashkelon em 1948.

Condenado a 426 anos de prisão. Sinwar foi preso diversas vezes pelas Forças de Defesa de Israel por envolvimento na captura e no assassinato de soldados israelenses e de palestinos suspeitos de espionagem para o país vizinho.

Ele foi solto em um acordo de troca de prisioneiros em 2011. Durante seus 23 anos preso, ele aprendeu hebraico e se aprofundou em assuntos de política interna do país.

Sinwar assumiu a liderança do grupo em 2017 no lugar de Ismail Haniyeh, morto em Teerã. O antigo líder do grupo extremista foi assassinado no fim de julho, quando cumpria agenda no Irã.

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