Mangione se declara inocente das acusações de homicídio e terrorismo

O suspeito da morte do CEO da UnitedHealthcare teve, esta segunda-feira (23), a primeira oportunidade de se pronunciar formalmente sobre as acusações

© Eduardo Munoz/Reuters

Mundo Estados Unidos 24/12/24 POR Notícias ao Minuto

Luigi Mangione, o suspeito da morte do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, declarou-se inocente, na audiência desta segunda-feira (23), num tribunal em Nova York, nos Estados Unidos, das acusações de homicídio em primeiro grau e terrorismo de estado.

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Esta audiência foi a primeira oportunidade do jovem de 26 anos se pronunciar formalmente sobre as acusações.

Mangione enfrenta várias acusações federais de homicídio, stalking e posse de arma, mas as autoridades do estado de Nova York estão dando prioridade à acusação de homicídio em primeiro grau como ato de terrorismo e a duas de homicídio em segundo grau.

A pena máxima para as acusações estatais é de prisão perpétua sem liberdade condicional, mas as acusações federais que enfrenta podem implicar a possibilidade de pena de morte.

Os magistrados do Ministério Público afirmaram que os dois processos irão decorrer em paralelo, prevendo-se que as acusações estatais sejam julgadas primeiro.

Desde o homicídio que os meios de comunicação social e os investigadores se concentram no passado de Luigi Mangione para tentar entender o que poderá tê-lo levado a cometer o crime.

O jovem sofria de fortes dores nas costas há vários meses, uma lesão que "arruinou a sua vida", segundo a polícia, mas nesta fase da investigação "nada indica" que alguma vez tenha sido cliente da UnitedHealthcare.

Desde a sua detenção, o investigado tem recebido bastante apoio nas redes sociais por parte de cidadãos norte-americanos que o consideram um "herói" e criticam as práticas abusivas das companhias de seguros de saúde dos Estados Unidos.

Mangione foi preso em um McDonald's no estado da Pensilvânia, após cinco dias de buscas, e trazia com ele uma arma que correspondia à utilizada no tiroteio e um bilhete de identidade falso.

Segundo os procuradores federais, Mangione tinha também um bloco de notas no qual manifestou uma posição de hostilidade para com o setor dos seguros de saúde e, em particular, para com os executivos mais ricos.

Diplomado em engenharia informática por uma das universidades de 'Ivy-league', a Universidade da Pensilvânia, e oriundo de uma família proeminente de Maryland, Mangione afastou-se da sua família e amigos nos últimos meses.

Brian Thompson era casado e tinha dois filhos e trabalhou no gigante UnitedHealth Group durante 20 anos, tornando-se CEO do ramo de seguros em 2021.

Leia Também: Suspeito de assassinar CEO nos EUA vem de família rica e influente

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