Após tragédia, outro voo da Jeju Air passa por problema em pouso

Um voo da Jeju Air foi obrigado a regressar ao aeroporto de partida, em Seul, depois de registar um problema idêntico ao do voo de Muan, no domingo, no qual morreram 179 pessoas

© Lusa

Mundo Coreia do Sul 30/12/24 POR Notícias ao Minuto

O voo 7C101 da Jeju Air, que partiu do aeroporto internacional de Gimpo com destino a Jeju, no sul da Coreia do Sul, às 06:37 (19:37 de domingo em Brasília), detectou um problema no trem de pouso pouco depois de ter levantado voo.

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A companhia aérea informou os 161 passageiros da avaria mecânica no trem de pouso e regressou a Gimpo às 07:25 (20:25), sem mais incidentes, disseram fontes aeroportuárias.

A transportadora, a mesma que efetuou o voo de domingo, disse que espera retomar as operações depois de trocar de aparelho, também um Boeing 737-800, considerado um dos mais seguros do mundo.

A Jeju Air, transportadora sul-coreana de baixo custo, opera 39 aparelhos 737-800 numa frota de 41 aviões.

No domingo, o voo 7C2216 da Jeju Air explodiu depois de pousar no aeroporto de Muan, no sudoeste do país. No acidente, morreram 179 pessoas e duas sobreviveram, no pior acidente da história da aviação civil em solo sul-coreano.

O avião tinha partido do aeroporto de Suvarnabhumi, em Banguecoque, na Tailândia, pousou em Muan, a 290 quilômetros a sudoeste de Seul, sem o trem de pouso aberto e acabou por batendo em um muro, provocando a explosão da aeronave.

A bordo estavam 181 pessoas, seis tripulantes e 175 passageiros, dos quais 173 eram sul-coreanos e dois tailandeses.

As autoridades sul-coreanas anunciaram ter identificado 140 das 179 vítimas mortais, tendo transferido a grande maioria para um local provisório.

"Assim que estivermos prontos para transferir os corpos após as autópsias das agências de investigação, entraremos em contato com as famílias", disse um funcionário sul-coreano citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

As autoridades indicaram que a causa do acidente pode ter sido uma falha na abertura do trem de pouso, bem como em outros mecanismos de travagem, possivelmente devido a uma colisão com uma ave.

As duas "caixas negras", que registam todos os dados de um voo, foram encontradas horas depois do acidente, embora o Ministério dos Transportes sul-coreano tenha informado que o gravador de dados de voo (FDR) ficou danificado, o que poderá atrasar, de um a seis meses, a investigação.

De acordo com as normas em vigor, um avião comercial possui duas "caixas negras", uma FDR (gravador de dados) e uma CVR (gravador de voz da cabina de comando).

Introduzidos na aviação nos anos de 1960, estes gravadores encontram-se no interior de caixas metálicas reforçadas, concebidas para resistir a choques extremamente violentos, fogo intenso e longa imersão em águas profundas.

Ao contrário do que o nome indica, estas caixas são de cor laranja, com faixas brancas refletoras para serem mais visíveis.

Leia Também: Sobrevivente da queda de avião: "quando acordei, já tinha sido resgatado"

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