Meta encerra checagem de fatos e foca em liberdade de expressão nas redes

A Meta irá substituir o programa de verificação de fatos, que existia desde 2016, por um sistema mais focado na contribuição de usuários

© Jens Büttner/picture alliance via Getty Images

Tech Meta 06/01/25 POR Notícias ao Minuto

A Meta, empresa controladora de plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou a descontinuação do seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos e a introdução de um novo modelo de moderação, focado em "Notas da Comunidade". A decisão foi tomada pelo CEO Mark Zuckerberg, que, em um vídeo publicado no início de janeiro, afirmou que a empresa está retornando às suas raízes, com o objetivo de “restaurar a liberdade de expressão” nas suas plataformas. A mudança também visa reduzir erros, simplificar as políticas e permitir que a comunidade se envolva ativamente na verificação do conteúdo compartilhado.

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De acordo com a Fox News, a Meta irá substituir o programa de verificação de fatos, que existia desde 2016, por um sistema mais focado na contribuição de usuários. Em vez de confiar em verificadores de fatos independentes, a Meta passará a permitir que os próprios usuários adicionem "Notas da Comunidade", uma abordagem similar ao que é praticado pela plataforma X, antes conhecida como Twitter. "Em vez de depender de um especialista em checagem de fatos, a Meta confia na comunidade para comentar o conteúdo", explicou Joel Kaplan, executivo da Meta, em uma entrevista exclusiva à Fox News.

Esse modelo permitirá que os usuários forneçam contexto adicional às postagens, com o intuito de combater a disseminação de informações incorretas, especialmente em temas polêmicos. Caso uma nota seja bem recebida pela maioria dos usuários, ela será anexada ao conteúdo original. Segundo o CEO Mark Zuckerberg, isso ajudará a melhorar a experiência nas plataformas, dando mais espaço para a liberdade de expressão, sem depender de entidades externas.

Mudança nas regras de moderação de conteúdo

Além de descontinuar o programa de verificação de fatos, a Meta também está ajustando suas políticas de moderação, com foco em permitir discussões mais abertas e menos censura em temas sensíveis. Segundo o jornal The Verge, as mudanças incluem a flexibilização de regras sobre tópicos como imigração, questões trans e gênero. A empresa busca, com isso, garantir um ambiente em que os usuários possam se expressar livremente, sem medo de retaliação ou censura, desde que sigam as regras gerais de conduta.

No entanto, a Meta deixou claro que continuará moderando conteúdos relacionados a questões de segurança, como terrorismo, drogas ilegais e exploração sexual infantil. Essas áreas, segundo Kaplan, continuam sendo uma prioridade na política de moderação da empresa, já que visam proteger a integridade das plataformas e a segurança de seus usuários.

Essa mudança ocorre em um momento delicado para a Meta, que tem enfrentado críticas e pressão em relação à sua política de moderação de conteúdo, especialmente após alegações de viés político e censura. No passado, o governo dos Estados Unidos e outras autoridades internacionais pressionaram empresas de tecnologia, como a Meta, para que tomassem medidas mais rigorosas contra a disseminação de desinformação. No entanto, o novo foco em restaurar a liberdade de expressão é uma tentativa de equilibrar a moderação de conteúdo com a preservação do direito de os usuários se expressarem de maneira mais aberta e livre.

Em relação à mudança, Zuckerberg afirmou: "Estamos retornando às nossas raízes e dando prioridade à expressão livre nas nossas plataformas", como reportado pelo Financial Times. Ele destacou que, embora a Meta ainda tenha um papel importante na moderar conteúdos prejudiciais, o objetivo é tornar a plataforma mais inclusiva e menos restritiva.

Leia Também: Meta segue com planos para perfis de IA, apesar das críticas de usuários

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