EUA afirmam que Venezuela aceitou retomar voos de repatriação de migrantes

A Venezuela confirmou a informação sem especificar quando os voos serão retomados

© PEDRO RANCES MATTEY/AFP via Getty Images

Mundo Migração Há 12 Horas POR Folhapress

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira (13) que a Venezuela concordou em retomar os voos de repatriação de migrantes venezuelanos, suspensos após Washington revogar a licença da petrolífera Chevron para operar no país caribenho.

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"Tenho o prazer de anunciar que a Venezuela concordou em retomar os voos para buscar seus cidadãos que violaram as leis de imigração dos EUA e entraram ilegalmente no país", escreveu Richard Grenell, enviado especial do presidente Donald Trump, na rede social X. "Os voos serão retomados na sexta-feira."

Em um comunicado publicado no Instagram, a Venezuela confirmou a informação sem especificar quando os voos serão retomados. "A Venezuela informa que, no âmbito do Plano de Volta à Pátria, chegou a um acordo com o enviado especial Richard Grenell para repatriar irmãos venezuelanos", indica a nota assinada por Jorge Rodríguez Gómez, presidente do Parlamento.

Grenell viajou no fim de janeiro à Venezuela para conversar com a ditadura de Nicolás Maduro sobre expulsão de migrantes venezuelanos, prisioneiros americanos e canais de comunicação entre os dois países, que romperam relações em 2019.

O enviado retornou aos EUA com a libertação de seis detentos americanos e a promessa, segundo ele, de que Caracas aceitaria de volta seus cidadãos.

Desde então, 366 venezuelanos foram repatriados. A companhia aérea estatal Conviasa, sujeita a sanções, transportou em dois aviões um primeiro grupo de 190 migrantes de El Paso (Texas) e outro com 176 passageiros de Honduras, vindos da base militar de Guantánamo, em Cuba.

Mas Trump estaria insatisfeito. Segundo ele, Maduro, a quem acusa de fraude eleitoral e não reconhece como presidente legítimo, não estava cumprindo o "ritmo de voos acordado". No fim de fevereiro, anunciou o fim da licença que permitia à petroleira americana Chevron operar na Venezuela.

"Agora, temos um probleminha aí porque com o que eles fizeram, danificaram as comunicações que tínhamos aberto", reagiu Maduro à época, diante da atitude do republicano.

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