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Os bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza resultaram em mais de 970 mortos nas últimas 48 horas, segundo um balanço divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Ministério da Saúde do Hamas.
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Desde o início da ofensiva israelense, em outubro de 2023, o número total de mortos no território já ultrapassa 49,5 mil pessoas, conforme informado pelo ministério à agência de notícias francesa AFP.
O Exército de Israel negou as alegações de que um ataque aéreo teria atingido um complexo da ONU na cidade de Deir el-Balah, deixando um trabalhador estrangeiro morto e outros cinco feridos.
"Contrariamente a essas informações, o Exército israelense não atacou um complexo da ONU em Deir el-Balah", declarou a força militar em comunicado oficial.
Em resposta à AFP, um porta-voz militar acrescentou que não houve qualquer operação militar na área mencionada pelo Hamas.
Israel retomou sua ofensiva aérea contra Gaza na segunda-feira à noite (18), encerrando um cessar-fogo que durou quase dois meses, iniciado em 19 de janeiro. Durante a trégua, o Hamas e Israel realizaram trocas de reféns israelenses por prisioneiros palestinos detidos em território israelense.
A expectativa era de que a pausa nos confrontos levasse a uma nova fase de negociações, mas as partes não chegaram a um consenso sobre os termos do acordo.
A atual ofensiva de Israel foi uma resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1.200 mortos e resultou no sequestro de aproximadamente 250 reféns, levados para Gaza.
A secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard, condenou a retomada dos bombardeios israelenses, classificando-os como um retrocesso no processo de resolução do conflito.
"O genocídio de Israel e seus ataques aéreos ilegais já causaram um sofrimento humanitário sem precedentes em Gaza. Agora, voltamos à estaca zero", declarou Callamard em comunicado da organização.
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