França anuncia investimento bilionário para reforçar setor de defesa

A medida foi divulgada nesta quinta-feira (20) pelo ministro da Economia da França, Eric Lombard, durante um encontro com investidores e representantes da indústria militar em Paris

© Lusa

Mundo Eric Lombard 20/03/25 POR Notícias ao Minuto

O governo francês anunciou um aporte de €1,7 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões) em investimentos públicos para fortalecer o setor de defesa, em meio ao crescente rearmamento da União Europeia (UE). A medida foi divulgada nesta quinta-feira (20) pelo ministro da Economia da França, Eric Lombard, durante um encontro com investidores e representantes da indústria militar em Paris.

PUB

 

Segundo Lombard, os investimentos públicos deverão atrair co-investimentos privados, elevando o total de recursos para até €5 bilhões (aproximadamente R$ 26,5 bilhões) destinados ao fortalecimento do setor. O objetivo é garantir a soberania da França, especialmente diante das incertezas sobre o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia no conflito contra a Rússia.

"Esse é um investimento responsável, essencial para a segurança do país", afirmou Lombard, que pediu maior envolvimento do setor privado no financiamento da indústria de defesa. Entre os investidores do projeto estão as instituições financeiras Caisse des Dépôts e BpiFrance.

Investir na defesa não contradiz políticas ambientais e sociais, diz ministroLombard rebateu críticas de que o financiamento da defesa contradiz políticas ambientais e sociais. Segundo ele, a França permite o investimento na produção de armas permitidas por lei e tratados internacionais, excluindo aquelas proibidas.

O ministro das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, reforçou essa posição, afirmando que "produzir armas não é sujo", destacando que a indústria militar francesa é composta por nove grandes grupos, incluindo Thales e Safran, além de 4.500 pequenas e médias empresas, sendo 800 delas estratégicas ou críticas.

Na terça-feira (18), o presidente francês Emmanuel Macron anunciou um plano para aumentar e acelerar a aquisição dos caças Rafale para a Força Aérea Francesa. Além disso, revelou um investimento de €1,5 bilhão (aproximadamente R$ 8 bilhões) na modernização da base aérea 116 de Luxeuil-Saint Sauveur, no nordeste da França. A instalação será equipada com mísseis nucleares hipersônicos, um passo essencial para a modernização da dissuasão nuclear do país.

A decisão acontece em um momento estratégico para a segurança europeia, com os líderes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, negociando um possível acordo de paz para a Ucrânia, país invadido por tropas russas em fevereiro de 2022.

Macron já havia sinalizado, no início de março, a intenção de abrir um debate estratégico sobre a proteção da Europa, incluindo a possibilidade de usar o arsenal nuclear francês como um escudo para o continente. O objetivo é reduzir a dependência da dissuasão nuclear dos Estados Unidos e garantir a segurança da Europa diante da ameaça russa.

Leia Também: Não acredito ser necessária uma recessão para controlar a inflação no país, afirma Haddad

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

Mundo EUA 20/03/25

Trump sugere que EUA assumam controle de usinas nucleares na Ucrânia

Mundo Malásia 20/03/25

Malásia aprova novas buscas pelo voo MH370, desaparecido em 2014

Mundo Israel 20/03/25

Israel intercepta segundo míssil do Iêmen após fim do cessar-fogo em Gaza

Mundo Guerra 19/03/25

Rússia e Ucrânia se atacam após aceitar cessar-fogo parcial

Mundo Estudo 20/03/25

Nível do mar subiu 38 metros após a última Era do Gelo, conclui estudo

Mundo Guerra 19/03/25

Israel ameaça civis de Gaza com último aviso para “destruição total”

Mundo Justiça 19/03/25

Diretor é preso após dar um golpe de mais de R$ 62 milhões na Netflix

Mundo Espanha 20/03/25

Idosa morta é abandonada em uma cadeira de rodas em frente ao hospital

Mundo Felicidade 20/03/25

Brasil sobe 8 posições em ranking de felicidade da ONU; Finlândia lidera

Mundo Estados Unidos 19/03/25

Louisiana executa detento com inalação de nitrogênio, método comparado com tortura pela ONU