EUA acusam China de ameaçar segurança com exercícios em torno de Taiwan

A União Europeia também se pronunciou, por meio da porta-voz do serviço diplomático do bloco, Anitta Hipper. “Pedimos a todas as partes que ajam com moderação e evitem qualquer ação que possa agravar ainda mais as tensões”, declarou

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Mundo Taiwan 02/04/25 POR Notícias ao Minuto

Os Estados Unidos acusaram a China de colocar em risco a segurança regional com a continuidade das manobras militares ao redor de Taiwan. Em comunicado divulgado na noite de terça-feira (1), o Departamento de Estado norte-americano criticou as ações de Pequim, classificando-as como agressivas e prejudiciais à estabilidade do Indo-Pacífico.

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“Mais uma vez, as atividades militares agressivas e a retórica da China em relação a Taiwan apenas aumentam as tensões e ameaçam a segurança regional e a prosperidade global”, afirmou o governo norte-americano. A Casa Branca também reiterou sua oposição a qualquer tentativa unilateral de mudança do status quo na região por meio da força ou coerção.

A União Europeia também se pronunciou, por meio da porta-voz do serviço diplomático do bloco, Anitta Hipper. “Pedimos a todas as partes que ajam com moderação e evitem qualquer ação que possa agravar ainda mais as tensões”, declarou.

Manobras no Estreito de Taiwan

As Forças Armadas da China anunciaram nesta quarta-feira (2) a continuidade dos exercícios militares no centro e sul do Estreito de Taiwan. Segundo o porta-voz do Comando do Teatro de Operações Oriental, coronel Shi Yi, os exercícios – denominados “Straits Thunder-2025A” – têm como objetivo testar a capacidade das tropas em atividades como interceptação, identificação de alvos e ataques de precisão, simulando um bloqueio aéreo e marítimo da ilha.

As manobras acontecem poucos dias após a visita do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, à Ásia, quando afirmou que Washington continuará a atuar como um agente de dissuasão militar no Estreito de Taiwan. Elas também ocorrem após um discurso do novo presidente taiwanês, William Lai Ching-te, que classificou a China como uma "força externa hostil" — uma declaração inédita até então.

Lai também anunciou 17 medidas para conter o que chamou de “campanha de infiltração” do Partido Comunista Chinês. As medidas incluem restrições à entrada de cidadãos chineses, reforço no controle de segurança e reinstalação de tribunais militares.

Cresce a tensãoA China respondeu com a intensificação das ameaças. Na terça-feira, o Exército chinês divulgou um vídeo comparando o presidente de Taiwan a um "parasita" sendo consumido pelas chamas, uma clara retaliação simbólica às declarações recentes de Lai.

Pequim também criticou duramente o apoio contínuo dos Estados Unidos a Taiwan. Desde a década de 1970, os EUA mantêm a chamada “ambiguidade estratégica” — vendem armas a Taipé e apoiam sua defesa, sem declarar se interviriam diretamente em um eventual ataque chinês.

Taiwan é governada de forma autônoma desde 1949, com um governo e forças armadas próprios. No entanto, a China considera a ilha uma província rebelde e parte indivisível de seu território.

Apesar das crescentes demonstrações militares, analistas acreditam que, ao menos por ora, a China prefere manter a estratégia de pressão gradual e simulações de bloqueio, em vez de arriscar uma invasão em grande escala, que exigiria uma mobilização militar massiva e poderia gerar grande instabilidade internacional.

O Ministério da Defesa de Taiwan confirmou que novos exercícios militares chineses estão em andamento nesta quarta-feira, e respondeu com o envio de aviões e navios, além de manter seus sistemas de mísseis em estado de alerta.

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