'Lula e educação são pautas inseparáveis', diz presidente do PT

"Lula e educação são pautas inseparáveis. Essa moçada está indo às ruas pelo legado que ele deixou neste País", disse Gleisi Hoffmann

© REUTERS

Política Gleisi Hoffmann 03/06/19 POR Estadao Conteudo

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, negou neste domingo, 2, que haja uma separação entre a pauta do "Lula Livre" e as demais bandeiras da esquerda, como a da defesa da educação.

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"Lula e educação são pautas inseparáveis. Essa moçada está indo às ruas pelo legado que ele deixou neste País", disse a petista, uma das únicas autoridades do partido a estar presente no festival Lula Livre, que não contou com discursos de políticos no palco.

"Para nós do PT, 'Lula Livre' é estratégico, nós achamos que não há salvação da democracia com Lula preso. Nós sempre levaremos a pauta do 'Lula Livre' junto com a pauta da defesa da educação", disse Hoffmann. Perguntada se os partidos aliados também fazem a mesma associação, a ex-senadora respondeu que "muitos têm levado (uma agenda em conjunto coma outra)". Citou o PCdoB e o PSOL e afirmou que Carlos Lupi, presidente do PDT, visitou Lula na prisão.

Além de não contar com discursos políticos, o ato deste domingo não enfatizou nenhuma outra grande pauta da esquerda, como a defesa das instituições públicas de ensino e a oposição à reforma da Previdência. O Broadcast/Estadão apurou que a organização de atos paralelos é uma estratégia da oposição para manter agenda de protestos pró-Lula sem que essa pauta isole quem não simpatiza com o ex-presidente da agenda anti-Bolsonaro.

Para Guilherme Boulos, que foi candidato do PSOL à Presidência da República ano passado, as manifestações dos dias 15 e 30 de maio - contra o contingenciamento de recursos de instituições de ensino anunciado pelo governo Jair Bolsonaro - foram "com centro na luta pela educação". "Agora aqui é um evento pensado com o tema do 'Lula Livre'".

Segundo Paulo Okamotto, presidente dos Instituto Lula, o evento deste domingo não conta com discursos por se tratar de um "ato lúdico". Ele disse ainda que os políticos com mandato ajudaram a fazer o contato com os artistas e a chamar público pelas redes sociais.

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