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O cantor e compositor revelou que não tinha mais inspiração para compor, mas que mesmo assim, já chegou num lugar legal. Sobre gravar apenas músicas de outros compositores, O sambista brinca: “Ao mesmo tempo, tem muita gente fazendo música boa e, vamos combinar, ser gravado por mim é como ganhar na loteria, né?”. “Daí eu tenho feito só umazinha por disco, para não me deixar esquecer que sou compositor”.
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Entre a rotina de cantar, compor, fazer shows, gravar e ensaiar, Zeca Pagodinho reserva tempo especial para a mais nova netinha, Catarina, 10 meses — ele também é avô de Noah.
O novo CD foi gravado após os acontecimentos tristes que marcaram este ano: as mortes do filho Elias e do pai Jessé. “É a vida que segue... O samba me ajuda, e ainda tenho a minha mãe, tem a Catarina, o Noah, não posso parar, não”, declara Zeca.
Outro episódio triste foi que Zeca sofreu recentemente com graves problemas na coluna. “Mas não limei a cervejinha! Só diminuí, mas no último feriado de São Jorge bebi legal. Mas aí tenho que ficar de olho se a glicose está alta, e tenho tomado remédios para tudo”, relata.
Mesmo que Zeca Pagodinho seja reconhecido por gostar de descansar, beber cerveja e, agora, curtir a netinha, o sambista tem que trabalhar, e os shows de lançamento de ‘Ser Humano’ já têm as datas marcadas: sexta e sábado, no Citibank Hall de São Paulo, e dias 29 e 30, no Citibank Hall carioca, na Barra da Tijuca, bairro onde mora desde 2002. Este ano ainda revela novidades para os fãs de Zeca, o cantor vai ter toda sua discografia reunida em uma caixa comemorativa, trazendo como bônus gravações raras das três décadas de trajetória artística. “Isso aí foi ideia da gravadora. Quando olho para trás e vejo quanto disco já lancei (são 23 no total, incluindo o novo), constato apenas uma coisa: estou é ficando velho!”
Novas parcerias
De acordo com as informações do Jornal O Dia, entre as participações carimbadas de diversos de seus discos anteriores, como Rildo Hora, Paulão 7 Cordas, Almir e Serginho, Zeca Pagodinho traz no time de ‘Ser Humano’ algumas curiosidades.
O comediante Pedro Bismarck faz uma divertida participação especial com a voz de seu personagem Nerson da Capitinga, em ‘Mané, Rala Peito’. Há também no repertório ‘Asas da Paixão’, uma rara parceria de Marcos Valle (que toca teclado na faixa) com o saudoso Luiz Carlos da Vila (1949-2008). E Pepeu Gomes, com sua guitarra distorcida, coloca um tempero roqueiro em ‘Monalisa’, do verso “Sua beleza é absurda meu amor, Da Vinci não te conheceu, por isso é que não te pintou...”; “Mas eu nunca fui ao Louvre, museu não é a minha!”, brinca Zeca.