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Jovem baleada pela PRF já consegue falar e andar após alta do CTI

Juliana deixou o CTI neste final de semana. Ela está internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes desde o dia 24 de dezembro.

Jovem baleada pela PRF já consegue falar e andar após alta do CTI
Notícias ao Minuto Brasil

10:24 - 26/01/25 por Folhapress

Justiça VIOLÊNCIA-RIO

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A jovem Juliana Leite Rangel, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal, tem melhora clínica e já consegue falar e andar. A informação é da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias.

 

Juliana deixou o CTI neste final de semana. Ela está internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes desde o dia 24 de dezembro.

A jovem está lúcida, se comunicando e consegue caminhar com auxílio. Ela está sendo acompanhada por uma equipe de fonoaudiologia no processo de retirada da cânula de traqueostomia.
Sem novos sintomas neurológicos. Segundo a Secretaria de Saúde, Juliana teve alta da equipe de neurocirurgia. Ela está em leito de enfermaria, sem previsão de alta hospitalar.

Relembre o caso
Jovem foi baleada na véspera de Natal. Juliana estava no carro com a família, a caminho de Niterói, para a ceia de Natal, quando foi atingida por disparos de agentes da PRF durante uma abordagem na Rodovia Washington Luís, no Rio de Janeiro.

O pai da vítima, Alexandre Rangel, disse que mais de 30 tiros foram disparados em série pelos agentes. Os policiais teriam alegado que abriram fogo porque o carro onde estava Juliana teria atirado primeiro.

Alexandre detalhou que também precisou deitar para se proteger. E, mesmo sem enxergar a pista, conseguiu conduzir o carro até o acostamento. "Eu falei que 'aqui tem família, aqui tem família'. Eles falaram: 'Vocês atiraram na gente'. Eu falei: 'Nem arma eu tenho. Como eu vou atirar em vocês se nem arma eu tenho? Eu só tenho família'", afirmou.

O superintendente geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, classificou o caso como "um evento traumático". Já o superintendente da PRF no Rio, Vitor Almada, confirmou que a patrulha era feita por três agentes -dois homens e uma mulher- que portavam dois fuzis e uma pistola automática. Os nomes dos policiais não foram informados. Por isso, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dos envolvidos.

Conduta dos agentes é investigada em procedimento do Ministério Público Federal. O órgão abriu investigação no dia 25 de dezembro.

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