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O lado sombrio do atual mercado de ouro brasileiro -
A StoneX, grande empresa de serviços financeiros dos EUA, teria comprado milhões de dólares em ouro de uma empresa supostamente conectada a operações ilegais de mineração na floresta amazônica, conforme revelado por relatórios investigativos do The Bureau of Investigative Journalism e do Repórter Brasil.
Documentos sugerem que um fornecedor brasileiro da StoneX obtém ouro de uma rede de mineradoras informais, algumas das quais foram sancionadas pela agência ambiental do Brasil. A Amazônia, um escudo vital contra o colapso climático, viu um crescimento na mineração selvagem e não regulamentada devido ao aumento dos preços do ouro, impulsionado pela incerteza econômica global e pelas tensões geopolíticas.
Clique na galeria para saber mais sobre a obscura cadeia de suprimentos do comércio de metais.
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Controvérsia do ouro -
As alegações contra a StoneX remontam a um incidente de setembro de 2023, quando agentes da alfândega em São Paulo interceptaram uma remessa de ouro no valor de US$ 4,6 milhões.
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Controvérsia do ouro -
A carga tinha como destino uma subsidiária da StoneX em Dubai e, desde então, tem chamado a atenção para os vínculos da empresa com fornecedores supostamente envolvidos em mineração ilegal e para as violações ambientais na floresta amazônica.
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Desafio legal revela mineração ilegal -
A empresa Coluna, fornecedora vinculada à remessa de ouro interceptada, entrou com uma contestação legal buscando a liberação da carga de US$ 4,6 milhões. No processo, a ação expôs uma vasta rede de mineradores selvagens operando na Amazônia, vinculando ainda mais a controversa cadeia de suprimentos de ouro a atividades ilegais de mineração e destruição ambiental.
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Mineração selvagem -
A mineração selvagem, mais conhecida como garimpo, envolve atividades de extração de ouro em pequena escala, realizadas principalmente em áreas isoladas. Operando fora dos sistemas legais, essas práticas de mineração resultam em destruição ambiental significativa, como desmatamento e contaminação por mercúrio, bem como repercussões sociais para comunidades próximas.
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A Era Bolsonaro -
A atividade de mineração ilegal no Brasil teve um aumento significativo após a presidência de Jair Bolsonaro em 2019. Esse aumento está intimamente associado à poluição tóxica, à destruição de terras indígenas e ao aumento das ameaças a comunidades locais.
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Enfrentando a mineração ilegal -
Em 2023, o novo governo brasileiro implementou medidas robustas para abordar a questão da mineração ilegal. As principais reformas incluíram a digitalização de faturas — uma etapa que melhorou significativamente a rastreabilidade das cadeias de suprimentos.
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Rastreando o ouro da Amazônia -
Apesar das reformas, a origem do ouro da Amazônia continua difícil de ser identificada. Os garimpeiros, que não estão autorizados a exportar ouro diretamente, dependem de uma rede de intermediários para vender seu produto.
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Rastreando o ouro da Amazônia -
Esses intermediários, por sua vez, fornecem o ouro a um pequeno grupo de exportadores de metais preciosos reconhecido pelo Banco Central do Brasil, complicando os esforços para mapear a cadeia de suprimentos e garantir o fornecimento ético.
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O apelo à transparência -
Ane Alencar, diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), uma organização não-governamental, enfatizou a facilidade com que o ouro extraído ilegalmente se infiltra no sistema formal.
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O apelo à transparência -
Alencar enfatizou a importância de tornar o ouro rastreável, destacando que este é um passo crítico para lidar com a destruição ambiental e as preocupações éticas na cadeia de fornecimento de ouro da Amazônia.
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StoneX responde -
Em resposta às alegações, a StoneX declarou que é uma participante responsável na indústria global de metais preciosos e afirmou que "segue políticas e procedimentos rigorosos para verificar a legitimidade das origens de todos os metais preciosos que compra".
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StoneX responde -
A StoneX esclareceu que a remessa de ouro bloqueada no Brasil já havia entrado no sistema bancário do país antes que a empresa a adquirisse.
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StoneX responde -
A empresa enfatizou ainda que obteve todos os certificados de origem e documentação de suporte necessários como parte de seu processo de due diligence (diligência prévia, o processo de estudo e investigação de diferentes fatores de uma empresa, tendo como objetivo analisar possíveis riscos), ressaltando sua adesão aos requisitos regulatórios.
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O papel da Coluna no comércio de ouro -
A StoneX declarou que a empresa Coluna, sua fornecedora brasileira implicada na controvérsia, é licenciada pelo Banco Central do Brasil e continua exportando ouro. No entanto, quando abordada para comentar sobre as alegações e suas operações, a Coluna não forneceu uma resposta.
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Trilha do ouro da Coluna -
Documentos enviados pela Coluna às autoridades revelam quase 1.200 faturas de mineradores ilegais direcionadas a dois intermediários que fazem o fornecimento à empresa. Mais de 12,2 kg do ouro faturado — avaliado em mais de R$ 2,9 milhões (US$ 614.471) — estava vinculado a crimes ambientais.
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Trilha do ouro da Coluna -
Mais de 200 das faturas enviadas pela Coluna remontam a uma cooperativa ilegal que foi multada em R$ 2,2 milhões (aproximadamente US$ 450.000) em 2022. A penalidade foi imposta por uma série de crimes ambientais, incluindo desmatamento, operações não autorizadas em terras protegidas e contaminação por mercúrio.
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Uso tóxico de mercúrio na mineração de ouro -
Mercúrio, frequentemente usado no processo de extração de ouro, é uma substância altamente tóxica com consequências ambientais devastadoras. Seu uso indevido pode contaminar o abastecimento de água local, colocar em risco a vida aquática e causar danos de longo prazo aos ecossistemas ao redor.
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Uso tóxico de mercúrio na mineração de ouro -
Ana Claudia Vasconcellos, pesquisadora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, no Rio de Janeiro, explicou que os peixes contaminados com mercúrio não ficam confinados apenas nas áreas de mineração e podem espalhar seus efeitos a até 100 quilômetros de distância.
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Regulamentos de mercúrio ignorados -
O uso de mercúrio na mineração de ouro no Brasil é estritamente regulado e permitido somente com uma licença válida, aderindo às diretrizes nacionais. No entanto, uma das multas impostas à cooperativa de garimpo estava ligada à aquisição ilegal de 100 quilos de mercúrio.
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Violação ambiental -
Outro caso de uso indevido de mercúrio foi documentado na produção de pelo menos 148 quilos de ouro, o que violou as regulamentações ambientais do Brasil. Este caso ressalta os desafios persistentes de impor conformidade no setor de mineração de ouro.
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Transição para práticas de mineração mais seguras -
A Coopemiga, cooperativa envolvida na polêmica do ouro na Amazônia, informou ao jornal Repórter Brasil que implementou uma reformulação de gestão no final de 2023. A organização afirmou que está adotando gradualmente técnicas mais seguras e ambientalmente sustentáveis para extração de ouro.
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Responsabilidade e padrões -
Após a investigação de 2022, a StoneX destacou sua filiação à London Bullion Market Association (LBMA), uma organização que defende o fornecimento responsável de metais preciosos e estabelece padrões da indústria para práticas éticas.
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LBMA responde -
Alan Martin, chefe de fornecimento responsável da London Bullion Market Association (LBMA), enfatizou o compromisso da organização com práticas éticas.
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Inquérito em andamento -
Martin declarou que a LBMA investiga ativamente quaisquer potenciais violações levadas à sua atenção e observou que as autoridades brasileiras ainda estão conduzindo sua investigação sobre o carregamento de ouro bloqueado vinculado à Coluna, sem nenhuma descoberta definitiva de irregularidades relatada até o momento.
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Desafios de fornecimento da LBMA -
Martin explicou que a LBMA, em sua investigação preliminar, não encontrou evidências de nenhuma violação de suas regras por membros. Ele também reconheceu as complexidades e os desafios impostos pelos garimpeiros na Amazônia brasileira.
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A trilha elusiva do ouro -
Embora a operação da StoneX em Dubai fosse a destinatária oficial da remessa de ouro de US$ 4,6 milhões bloqueada no Brasil, foi revelado que o ouro seria transportado por meio de um voo comercial da Swiss International Air Lines para Zurique.
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A trilha elusiva do ouro -
A análise de registros comerciais do Bureau of Investigative Journalism revela padrões intrincados de comércio de ouro envolvendo as operações da StoneX. A filial da empresa em Dubai frequentemente move ouro diretamente da Suíça para a Turquia, ignorando os Emirados Árabes Unidos.
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Mistérios do comércio de trânsito -
Mark Pieth, advogado e autor do livro 'Gold Laundering' ("Lavagem de Ouro", em tradução livre, ainda sem versão em português), destacou que o destino real de uma carga frequentemente difere do listado. "Neste mundo de comércio de trânsito, as mercadorias frequentemente viajam em uma direção, enquanto a papelada que as acompanha toma uma rota totalmente diferente”.
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Da Suíça às refinarias da Turquia -
Em apenas um ano, a filial da StoneX em Dubai facilitou o transporte de mais de US$ 400 milhões em ouro da Suíça para empresas de refino na Turquia. Essas empresas processam o metal em barras, uma forma de ouro de alta pureza frequentemente mantida por bancos como um ativo de reserva, ou o vendem para fabricantes de joias.
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Negação e regulamentações comerciais -
A Istanbul Gold Refinery alega que não comprou nenhum gold doré — barras de ouro não refinado — da StoneX provenientes do Brasil. Ao mesmo tempo, a Swiss International Air Lines enfatizou que mantém os mais altos padrões de segurança e adesão estrita às regulamentações comerciais no manuseio de cargas sensíveis como ouro.
Fontes: (The Bureau of Investigative Journalism) (Repórter Brasil) (LBMA) (EPSJV)
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O lado sombrio do atual mercado de ouro brasileiro
De mineradores selvagens a gigantes corporativos
O lado sombrio do atual mercado de ouro brasileiro -
A StoneX, grande empresa de serviços financeiros dos EUA, teria comprado milhões de dólares em ouro de uma empresa supostamente conectada a operações ilegais de mineração na floresta amazônica, conforme revelado por relatórios investigativos do The Bureau of Investigative Journalism e do Repórter Brasil.
Documentos sugerem que um fornecedor brasileiro da StoneX obtém ouro de uma rede de mineradoras informais, algumas das quais foram sancionadas pela agência ambiental do Brasil. A Amazônia, um escudo vital contra o colapso climático, viu um crescimento na mineração selvagem e não regulamentada devido ao aumento dos preços do ouro, impulsionado pela incerteza econômica global e pelas tensões geopolíticas.
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A StoneX, grande empresa de serviços financeiros dos EUA, teria comprado milhões de dólares em ouro de uma empresa supostamente conectada a operações ilegais de mineração na floresta amazônica, conforme revelado por relatórios investigativos do The Bureau of Investigative Journalism e do Repórter Brasil.
Documentos sugerem que um fornecedor brasileiro da StoneX obtém ouro de uma rede de mineradoras informais, algumas das quais foram sancionadas pela agência ambiental do Brasil. A Amazônia, um escudo vital contra o colapso climático, viu um crescimento na mineração selvagem e não regulamentada devido ao aumento dos preços do ouro, impulsionado pela incerteza econômica global e pelas tensões geopolíticas.
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