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BC busca segurança 'além do normal', diz diretor

David reiterou as projeções do BC de uma inflação de 5,2% no fim deste ano, convergindo para 4% (ainda acima do centro da meta, mas já dentro do intervalo de tolerância) no terceiro trimestre do ano que vem

BC busca segurança 'além do normal', diz diretor
Notícias ao Minuto Brasil

11:00 - 18/02/25 por Estadao Conteudo

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O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Nilton David, disse nesta segunda-feira, 17, que a autarquia está preocupada em ter um nível de segurança "além do normal" em suas decisões sobre a taxa básica de juros, dado o nível elevado de incertezas no cenário econômico. David deu a declaração ao reafirmar nova alta de 1 ponto porcentual da Selic como o cenário-base para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em março.

 

"O cenário-base é seguir por aí, porque temos o forward guidance (indicação para março) e também a nossa preocupação em ter um nível de segurança um pouquinho além do normal por conta dessa incerteza", disse ele. Em sua primeira fala pública desde que assumiu o posto, em janeiro, David participou de um encontro promovido pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), em São Paulo.

Segundo ele, nesse ambiente de incertezas o BC se coloca na posição de minimizar riscos para alcançar a atual meta de inflação - de 3%. "Mas o ponto é que antes a gente estava num gol de 7 metros; o gol agora tem 12 metros. Então, onde que eu tenho de me posicionar?"

David reiterou as projeções do BC de uma inflação de 5,2% no fim deste ano, convergindo para 4% (ainda acima do centro da meta, mas já dentro do intervalo de tolerância) no terceiro trimestre do ano que vem.

'Prévia do PIB'

A economia brasileira cresceu 3,8% em 2024 na comparação com o ano anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado ontem pela autarquia. Considerado uma espécie de "prévia" do PIB oficial (medido pelo IBGE), o indicador subiu 0,02% no trimestre móvel encerrado em dezembro, na comparação com os três meses anteriores, considerando a série com ajuste sazonal.

O resultado foi alcançado mesmo com a queda de 0,73% do IBC-Br em dezembro frente a novembro, confirmando as previsões no mercado de uma desaceleração do ritmo de atividade por conta do atual patamar dos juros.

O economista-chefe da G5 Partners, Luis Otávio de Sousa Leal, avalia que a retração de 0,73% em dezembro - mais intensa do que esperada - sintetizou a perda de fôlego da economia doméstica no fim do ano passado. "Após um desempenho muito positivo da atividade ao longo de 2024, é natural ocorrer um processo de acomodação; porém, a questão é se essa acomodação esperada vai se transformar em uma desaceleração mais acentuada", diz ele.

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