Mudanças de humor na menopausa podem indicar risco de Alzheimer
Estudo sugere que as mudanças repentinas e duradouras na personalidade, no comportamento ou no humor podem ser sintomas precoces de Alzheimer

© DR

Lifestyle Demência
Sintomas como depressão, ansiedade, apatia, agitação e/ou comportamentos impulsivos que ocorrem de repente mas duram há mais de seis meses podem ser sinais do aparecimento de demência.
É o que sugere um estudo realizado por investigadores da Universidade de Calgary, no Canadá, que foi revelado no domingo na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, realizada em Toronto.
O grupo de neuropsiquiatras e especialistas em Alzheimer propôs a criação de um novo critério de diagnóstico para a doença. A ideia é reconhecer e medir mudanças bruscas e duradouras de humor e comportamento, que podem preceder os problemas de memória e pensamento característicos da demência.
A nova proposta de diagnóstico consiste numa lista de 38 perguntas – com base no diagnóstico do comprometimento comportamental leve (MBI, na sigla em inglês) - que podem ser usadas para identificar pessoas com maior risco de desenvolver Alzheimer.
O objetivo é analisar cinco categorias de sintomas comportamentais, que incluem apatia, ansiedade em relação a eventos quotidianos, adequação social, perda do controlo sobre os impulsos e falta de interesse pela comida.
“O que quer que esteja a passar-se com a memória e as capacidades de pensamento no processo de demência também pode afetar os sistemas de regulação emocional e auto-controlo do cérebro. Os pacientes com Alzheimer que apresentaram estes sintomas pioraram muito ao longo do tempo.”, disse Zahinoor Ismail, um dos investigadores, ao jornal norte-americano The New York Times.
“Para ser classificado como MBI, o sintoma precisa de ter uma duração mínima de seis meses e não ser apenas um desvio no comportamento, mas uma mudança fundamental”, afirma.