Bebê de 2 anos dado como morto pelo Hamas está na lista para ser liberto
Kfir, seu irmão Ariel e seus pais, Shiri e Yarden Bibas, foram levados por militantes do Hamas
©
Getty Images
Mundo Guerra
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Kfir Bibas, sequestrado aos 9 meses em um ataque a um kibutz (comunidade agrária coletiva), em Israel, chegou a ser dado como morto pelo Hamas, mas agora está na lista de reféns a serem libertos.
Kfir, seu irmão Ariel, então com 4 anos, e seus pais, Shiri e Yarden Bibas, foram levados por militantes do Hamas. O sequestro aconteceu durante o ataque ao kibutz Nir Oz, no dia 7 de outubro de 2023, próximo à fronteira com Gaza. Na ocasião, o menino tinha apenas 9 meses, o que o torna o refém mais jovem mantido em Gaza desde o início do conflito.
Durante o protesto semanal em Tel Aviv, Eli Bibas, avô de Kfir e Ariel, relembrou o impacto emocional da situação. "Como é possível que meu neto passe seu segundo aniversário em cativeiro?", disse à AFP. Durante o cativeiro, Kfir completou dois anos de idade, nunca tendo celebrado um aniversário fora do cativeiro.
Segundo as autoridades israelenses, houve diversas tentativas de obter informações sobre o paradeiro da família. O porta-voz Daniel Hagari afirmou que "todos os esforços possíveis estão sendo feitos para garantir a segurança dos reféns e informar suas famílias".
No acordo de cessar-fogo, a família Bibas foi incluída na lista de 33 reféns a serem libertados na primeira fase. Segundo o Jerusalem Post, a libertação deve ocorrer nos próximos dias, após um ano e três meses de cativeiro. O acordo prevê também a troca de reféns por prisioneiros palestinos, um ponto central das negociações.
A história de Kfir ganhou destaque global, com manifestações de solidariedade e campanhas por sua libertação. Segundo o New York Post, as imagens do menino e o irmão, Ariel, como os reféns mais jovens do conflito chamaram atenção tanto em Israel quanto no exterior.
Os protestos em Tel Aviv continuam a reunir multidões pedindo a libertação de todos os reféns. Segundo a AFP, ativistas descreveram Kfir e Ariel como "um símbolo da maldade do conflito, mas também da vitória da vida". Fotos das crianças continuam circulando nas redes sociais, acompanhadas de mensagens de esperança.
Câmeras de segurança registraram o momento em que a família foi levada sob a mira de armas. As imagens, amplamente compartilhadas, mostram Shiri Bibas tentando acalmar Ariel, de 4 anos, enquanto carregava Kfir nos braços.
Segundo as autoridades israelenses, o vídeo foi analisado como prova de que a família estava viva imediatamente após o ataque. "Ver essas imagens é devastador, mas nos dá esperanças de que eles possam ser resgatados com vida", declarou Daniel Hagari, porta-voz do Exército de Israel. As imagens mostram Shiri segurando Ariel e Kfir, enquanto são escoltados por homens armados até um veículo.
As condições de cativeiro permaneceram um mistério, até que o Hamas anunciou em novembro de 2024 que eles teriam morrido em bombardeios israelenses, uma informação depois desmentida. O vídeo gerou grande comoção ao mostrar a mãe protegendo seus filhos com um lençol, enquanto Ariel, de cabelos ruivos, tentava se manter próximo a ela.