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Quadro do papa é de risco, mas ele não corre perigo de vida neste momento, dizem médicos

Segundo o médico, o papa disse a ele que está ciente da gravidade de sua situação

Quadro do papa é de risco, mas ele não corre perigo de vida neste momento, dizem médicos

Getty Images

Notícias ao Minuto Brasil

21/02/25 20:24 ‧ Há 12 Horas por Folhapress

Mundo Igreja Católica

MILÃO, es E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os médicos do papa Francisco, 88, internado há uma semana para tratar uma pneumonia bilateral, afirmaram nesta sexta-feira (21) que o pontífice é um paciente frágil devido à sua idade, mas não está em risco de morte.

 

"Ele está fora de perigo? Não. Mas se a pergunta é 'ele está em perigo de morte', a resposta é não", disse um de seus médicos, Sergio Alfieri, em uma entrevista coletiva no final da tarde, no hospital Agostino Gemelli, em Roma.

"Agora passou 20 minutos andando do seu quarto à capela para rezar. Mas a situação realisticamente é essa: ele é um papa, mas também é homem."

Segundo o médico, o papa disse a ele que está ciente da gravidade de sua situação.

Francisco não está acamado, de acordo com o informe, mantém seu bom humor, respira sem ajuda de aparelhos e tem o coração em perfeitas condições. Apesar disso, o quadro ainda representa riscos. Segundo os médicos, o papa ficará no hospital pelo tempo necessário para o tratamento -período que deve incluir pelo menos mais uma semana. Eles disseram que cabe ao pontífice a decisão de fazer ou não sua oração pública semanal neste domingo (23).

"Trata-se de uma infecção importante, com muitos micróbios, com uma pneumonia bilateral em um senhor que anda pouco, usa cadeira de rodas, que tem 88 anos", disse Alfieri. "Não é fácil equilibrar a terapia. Tem um pouco de cortisona para fazer respirar, e isso faz abaixar a defesa imunológica e aumentar a glicemia -um terreno para infecções."

O principal risco, segundo Alfieri, é que ele venha a ter uma condição de sepse -resposta inflamatória exacerbada do organismo a uma infecção- caso os germes que estão nas vias respiratórias caiam na corrente sanguínea. Isso não aconteceu, diz, mas ainda é um risco, mesmo com a terapia farmacológica em curso.

Os médicos esclareceram que os boletins médicos que têm sido divulgados diariamente são redigidos por eles e são a síntese de todas as avaliações de especialistas. Em seguida, "de acordo com o Santo Padre" eles liberam "a notícia ao mundo". "O papa sempre quis que disséssemos a verdade", afirmaram.

Durante a manhã, um comunicado do Vaticano havia informado que o líder religioso havia tido uma noite tranquila e levantado do leito hospitalar.

Questionados sobre a ausência de imagens do líder religioso no hospital, os profissionais disseram que não é possível tirar fotos dele de pijama. "Não é que ele fica vestido como papa o dia todo", disse Alfieri. "Precisamos respeitar a sua privacidade."

Também esclareceram, que diante de dificuldades respiratórias evidentes ao menos desde o dia 5 de fevereiro, o papa já tinha começado um tratamento, com auxílio médico, na Casa Santa Marta, onde mora no Vaticano, para manter seus compromissos de trabalho.

Anteriormente, a Santa Sé já havia afirmado que a missa papal seria liderada por um alto funcionário do Vaticano devido ao estado de saúde de Francisco, que teve todos os seus compromissos públicos cancelados até o fim da semana. Ele não tem mais eventos oficiais no calendário publicado pelo Vaticano.

Francisco foi hospitalizado em decorrência de uma bronquite e, na terça-feira (18), o Vaticano anunciou que ele sofria de uma pneumonia bilateral. Trata-se de uma infecção grave que torna a respiração mais difícil e pode inflamar e cicatrizar ambos os pulmões. O anúncio reacendeu a preocupação com a saúde do líder da Igreja Católica, que teve o lobo pulmonar direito removido quando jovem.

Na quarta-feira (19), porém, a Santa Sé indicou que "os exames de sangue, analisados pela equipe médica, mostram uma leve melhora", em particular em relação aos indicadores de inflamação. No mesmo dia, seus colaboradores mais próximos e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visitaram-no.

Apesar do diagnóstico, funcionários do Vaticano afirmam que o papa continua se mantendo informado e tentando trabalhar -lendo e assinando documentos, escrevendo e conversando com seus colaboradores.

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