Meirelles defende fim de direitos trabalhistas e novo modelo de educação
Para ele, se o país fizer as reformas, será possível crescer em média 4% ao ano na próxima década
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© Reuters
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Política Direita
Menos de um mês antes de se tornar chefe da equipe econômica, Henrique Meirelles deu a um seleto grupo de investidores em Nova York, nos EUA, sua receita para o Brasil: reforma da previdência, fim dos direitos trabalhistas - para ele chamado de "amarras" - desindexação do salário mínimo e cortes no seguro-desemprego.
De acordo com a publicação da coluna painel da Folha de S. Paulo, ele citou ainda soluções para saúde e educação. Defendeu um sistema de “vouchers”, com o qual o governo reembolsaria gastos em redes privadas.
Segundo Meirelles, se o país fizer as reformas, será possível crescer em média 4% ao ano na próxima década. Caso contrário, a expansão do PIB será de apenas 1,2% em média. As ideias foram expostas em apresentação no dia 18 de abril. Livre, leve e solto Para o hoje ministro da Fazenda, o Banco Central deve intervir “apenas para evitar volatilidade excessiva” e a taxa de câmbio deve ser “flexível”.
No entanto, ainda pisando em ovos em meio à protestos em todo país e decisões estranhas e questionáveis, o governo tranquilizou a sua tropa de choque no Congresso: só apresentará a reforma da Previdência, um de seus objetivos, depois das eleições municipais de outubro.