Biden concede indultos preventivos antes da posse de Trump nos EUA

Nos Estados Unidos, é tradição que o presidente conceda clemência no final do mandato

© ROBERTO SCHMIDT/AFP via Getty Images

Mundo Eleições EUA Há 4 Horas POR Notícias ao Minuto

O ainda presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu "indultos preventivos" a críticos de Donald Trump, que será empossado como 47.º presidente do país nesta segunda-feira. O objetivo, segundo comunicado oficial, é evitar "processos injustificados e politicamente motivados" contra essas figuras públicas.

PUB

 

Nos Estados Unidos, é tradição que o presidente conceda clemência no final do mandato. No entanto, esses atos geralmente beneficiam cidadãos comuns já condenados por crimes. Desta vez, Biden adotou uma abordagem inédita, utilizando seu poder de forma ampla para perdoar pessoas que nem sequer foram investigadas.

Entre os beneficiados estão o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, e o médico Anthony Fauci, ex-diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, além de membros do Congresso e funcionários que participaram da investigação sobre o ataque ao Capitólio, ocorrido em 6 de janeiro de 2021.

"Nossa nação depende diariamente de servidores públicos dedicados e altruístas. Eles são o coração da nossa democracia. No entanto, de forma alarmante, esses servidores têm sido alvo de ameaças e intimidações constantes por cumprirem fielmente seus deveres", declarou Biden em comunicado divulgado nesta segunda-feira.

Ele ressaltou que aqueles que foram ameaçados com "processos criminais politicamente motivados" não merecem ser alvos de perseguição. Apesar de acreditar no "Estado de Direito" e na força das instituições, Biden considerou que essas são "circunstâncias excepcionais" que justificam sua decisão.

Anthony Fauci, que liderou a resposta à pandemia de Covid-19 e foi alvo de críticas dos setores conservadores por confrontar as alegações infundadas de Trump, também foi incluído no grupo que recebeu o indulto. Fauci se aposentou em 2022, após quase 40 anos de serviço público.

Mark Milley, por sua vez, foi chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e é um crítico declarado de Trump, chegando a classificá-lo como "fascista" após os eventos do ataque ao Capitólio. Milley também foi citado no comunicado de Biden.

Biden ainda estendeu o perdão a membros da comissão da Câmara dos Representantes que investigou o ataque ao Capitólio, como os ex-congressistas republicanos Liz Cheney e Adam Kinzinger, além de policiais que testemunharam sobre os eventos de 2021.

A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos acontece nesta segunda-feira, em uma cerimônia que reunirá apoiadores populistas e de extrema-direita. Biden deixa o cargo com uma decisão polêmica que promete ecoar nos primeiros dias da nova administração.

Leia Também: Biden recebeu 44 presentes no mandato, mas lei exige doação ao patrimônio

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

Mundo Flórida Há 21 Horas

Idosa é atacada por ladrão momentos após retirar prêmio da loteria

Mundo Steve Bannon Há 8 Horas

Steve Bannon critica STF e chama Moraes de nazista

Mundo Reféns Há 7 Horas

Após 471 dias em cativeiro, Emily Damari é libertada e celebra vida nova

Mundo Trump Há 9 Horas

Donald Trump planeja ordens executivas para o primeiro dia de mandato

Mundo EUA Há 9 Horas

Apoiadores enfrentam frio extremo para acompanhar posse de Trump; veja

Mundo França Há 7 Horas

Mãe é julgada por deixar filha de 13 anos morrer de fome com apenas 28 kg

Mundo Donald Trump Há 9 Horas

Trump é saudado com festa e celebridades na véspera de sua posse nos EUA

Mundo EUA Há 10 Horas

Biden recebeu 44 presentes no mandato, mas lei exige doação ao patrimônio

Mundo Eleições EUA Há 10 Horas

Trump toma hoje posse rodeado pela extrema-direita

Mundo Canadá 19/01/25

Anexação do Canadá como 51.º estado dos EUA "é impossível"