Bicho-barbeiro contaminado pela doença de Chagas é encontrado na zona oeste de São Paulo

A confirmação veio de um laudo emitido pela Labfauna, Laboratório Municipal de Saúde Pública, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde

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Brasil Saúde Há 8 Horas POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma nota expedida nesta quinta-feira (30) pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) afirma que um bicho-barbeiro contaminado com o protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, foi encontrado na zona oeste de São Paulo. A confirmação, conforme a nota, veio de um laudo emitido pela Labfauna, Laboratório Municipal de Saúde Pública, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde.

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A APqC diz que o inseto foi localizado às 15h30 no dia 31 de outubro de 2024 no prédio Lemos Monteiro, no complexo do Instituto Butantan.

À Folha de S.Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde afirma que o aparecimento do inseto no Instituto foi um caso isolado e segue sendo monitorado.

No entanto, a APqC afirma que um outro inseto contaminado foi encontrado no mesmo local um mês depois. A associação diz ainda que, no ano anterior, outros casos foram confirmados no campus da USP (Universidade de São Paulo), vizinho ao Instituto. Outra região que estaria enfrentado o problema é a do Zoológico de São Paulo, na zona sul, desde 2019.

Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou apenas que monitora a ocorrência do inseto barbeiro na cidade de São Paulo por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), e diz que não há transmissão humana da doença de Chagas na capital paulista.

Patrícia Clissa, membro da diretoria da APqC, diz que os técnicos da vigilância em saúde informaram que outros dez bichos-barbeiros tinham sido encontrados em outras áreas do Butantan. Desses, dois estavam contaminados.

Até 2020 o recebimento, análise e exames de bichos-barbeiros eram realizados pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), mas o órgão foi extinto naquele ano. De acordo com a APqC, esta atividade não está sendo realizada por nenhum outro órgão do estado depois da extinção da Sucen.

A Associação também afirma que nenhuma ação está sendo tomada para resolver o problema.

Helena Dutra Lutgens, presidente da APqC, afirma que "é de conhecimento da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) ligada à Secretaria de Estado da Saúde que há a presença de animais infectados reservatórios do parasita na periferia de São Paulo", mas que providências não estão sendo tomadas.

A Secretaria de Estado da Saúde diz monitorar, desde 2019, a circulação do Trypanosoma cruzi em toda a região metropolitana do estado de São Paulo em parceria com especialistas do Instituto Pasteur.

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