PGR diz que Bolsonaro sabia e concordou com plano para matar Lula

Segundo a Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para matar o ministro Alexandre de Moraes e o atual presidente, Lula da Silva, por envenenamento

© REUTERS/Guga Matos

Política Brasil 19/02/25 POR Notícias ao Minuto

A Procuradoria-Geral da República (PGR) do Brasil afirmou, esta terça-feira (19), que o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sabia e concordou com um plano para matar o seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

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Após ter acusado Bolsonaro de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, a PGR afirmou que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para matar o ministro Alexandre de Moraes e o atual presidente, Lula da Silva, por envenenamento.

"Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de 'Punhal Verde Amarelo'", lê-se na acusação.

"[O] plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições", acrescenta.

"O plano se desdobrava em minuciosas atividades, requintadas nas suas virtualidades perniciosas. Tinha no Supremo Tribunal Federal o alvo a ser neutralizado", diz ainda a acusação.

Segundo a PGR, citada pelo Correiro Braziliense, as investigações ao caso "revelaram aterradora operação de execução do golpe, em que se admitia até mesmo a morte do presidente da República e do vice-presidente da República eleitos, bem como a de ministro do Supremo Tribunal Federal".

Bolsonaro foi acusado, esta terça-feira, dos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Além do ex-presidente, foram também acusados o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro Braga Netto.

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