“Devemos alcançar a paz pela força”, diz Zelenskyy no 3º ano em guerra

“Putin não nos dará essa paz, ele não a dará em troca de algo. Devemos alcançar a paz por meio da força, sabedoria e unidade – por meio da nossa cooperação com vocês”, afirmou o presidente ucraniano em reunião com lideranças europeias, como o presidente espanhol, Pedro Sánchez, além do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau

© Getty

Mundo Ucrânia Há 5 Horas POR Agência Brasil

No evento que marcou o terceiro ano da invasão russa da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelenskyy afirmou, nesta terça-feira (24), que a paz deve ser alcançada pelo meio da força e com a participação da Ucrânia e dos países europeus na mesa de negociação.

PUB

 

“Putin não nos dará essa paz, ele não a dará em troca de algo. Devemos alcançar a paz por meio da força, sabedoria e unidade – por meio da nossa cooperação com vocês”, afirmou o presidente ucraniano em reunião com lideranças europeias, como o presidente espanhol, Pedro Sánchez, além do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

 

  A defesa de Zelesnsky de que a Ucrânia e a Europa participem das negociações sobre a guerra ocorre após o presidente Donaldo Trump, dos Estados Unidos (EUA), ter aberto uma negociação direta com o presidente russo, Vladimir Putin, sem a participação dos europeus.

 

“A guerra continua contra a Ucrânia e, portanto, a Ucrânia deve estar na mesa de negociações. Junto com a Europa. O alvo estratégico da Rússia é a Europa, o modo de vida europeu e, portanto, a segurança e o destino da Europa não podem ser determinados sem a Europa. Ucrânia, Europa, juntamente com a América – devemos estar na mesa de negociações em frente à Rússia”, afirmou o presidente ucraniano.

Questionado por jornalistas, no domingo (23), se deixaria o cargo em troca da paz, Zelesnsky respondeu que apenas renunciaria em troca da entrada do país na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], informou a Reuters. A intenção da Ucrânia entrar na Otan foi uma das justificativas de Moscou para invadir o país.

No discurso desta terça-feira, o presidente ucraniano voltou a defender a entrada na organização militar de defesa. “[A Ucrânia merece] garantias de segurança fornecidas pela Otan. E se a adesão da Ucrânia e do nosso povo à OTAN continuar fechada, você e eu não teremos outra escolha a não ser construir a Otan na Ucrânia, isto é, fornecer tal financiamento, tais contingentes e tal produção de defesa que signifique paz garantida”, afirmou, acrescentando que a Ucrânia já possui 28 acordos bilaterais de segurança com parceiros.

Reviravolta

Ao completar três anos, nesta segunda-feira (24), a Guerra na Ucrânia vive importante reviravolta marcada pela nova posição dos EUA sobre o conflito, com a exclusão da Europa das negociações de paz, o isolamento do governo da Ucrânia e o atendimento às exigências de Moscou.

Para o especialista em Europa e ex-senador pela Itália em 2006, o ativista ítalo-brasileiro José Luís Del Roio, a mudança na posição dos EUA é motivada pela reestruturação do capitalismo no interior do país norte-americano, sendo essa uma resposta à perda de espaço e competitividade da economia estadunidense para, principalmente, à Ásia, com destaque para a China.

Desde o final da 2ª Guerra Mundial, a Europa - então aliado de primeira ordem dos EUA - recebe recursos do Tesouro estadunidense por meio da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Agora, Washington diz que a Europa deve pagar sua própria segurança.

Del Roio avalia que Trump tenta uma alternativa à situação atual da economia dos EUA. “Se a alternativa é boa ou ruim, para os EUA e para o mundo, vamos ver. O que está em jogo é a reestruturação do capitalismo norte-americano a partir do seu interior. Esse terremoto interno nos EUA atinge profundamente a Europa. Agora, ela está órfã”, acrescentou.

No evento que marcou o terceiro ano da invasão russa da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelenskyy afirmou, nesta terça-feira (24), que a paz deve ser alcançada pelo meio da força e com a participação da Ucrânia e dos países europeus na mesa de negociação.

“Putin não nos dará essa paz, ele não a dará em troca de algo. Devemos alcançar a paz por meio da força, sabedoria e unidade – por meio da nossa cooperação com vocês”, afirmou o presidente ucraniano em reunião com lideranças europeias, como o presidente espanhol, Pedro Sánchez, além do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

A defesa de Zelesnsky de que a Ucrânia e a Europa participem das negociações sobre a guerra ocorre após o presidente Donaldo Trump, dos Estados Unidos (EUA), ter aberto uma negociação direta com o presidente russo, Vladimir Putin, sem a participação dos europeus.

“A guerra continua contra a Ucrânia e, portanto, a Ucrânia deve estar na mesa de negociações. Junto com a Europa. O alvo estratégico da Rússia é a Europa, o modo de vida europeu e, portanto, a segurança e o destino da Europa não podem ser determinados sem a Europa. Ucrânia, Europa, juntamente com a América – devemos estar na mesa de negociações em frente à Rússia”, afirmou o presidente ucraniano.

Questionado por jornalistas, no domingo (23), se deixaria o cargo em troca da paz, Zelesnsky respondeu que apenas renunciaria em troca da entrada do país na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], informou a Reuters. A intenção da Ucrânia entrar na Otan foi uma das justificativas de Moscou para invadir o país.

No discurso desta terça-feira, o presidente ucraniano voltou a defender a entrada na organização militar de defesa. “[A Ucrânia merece] garantias de segurança fornecidas pela Otan. E se a adesão da Ucrânia e do nosso povo à OTAN continuar fechada, você e eu não teremos outra escolha a não ser construir a Otan na Ucrânia, isto é, fornecer tal financiamento, tais contingentes e tal produção de defesa que signifique paz garantida”, afirmou, acrescentando que a Ucrânia já possui 28 acordos bilaterais de segurança com parceiros.

Ao completar três anos, nesta segunda-feira (24), a Guerra na Ucrânia vive importante reviravolta marcada pela nova posição dos EUA sobre o conflito, com a exclusão da Europa das negociações de paz, o isolamento do governo da Ucrânia e o atendimento às exigências de Moscou.

Para o especialista em Europa e ex-senador pela Itália em 2006, o ativista ítalo-brasileiro José Luís Del Roio, a mudança na posição dos EUA é motivada pela reestruturação do capitalismo no interior do país norte-americano, sendo essa uma resposta à perda de espaço e competitividade da economia estadunidense para, principalmente, à Ásia, com destaque para a China.

Desde o final da 2ª Guerra Mundial, a Europa - então aliado de primeira ordem dos EUA - recebe recursos do Tesouro estadunidense por meio da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Agora, Washington diz que a Europa deve pagar sua própria segurança.

Del Roio avalia que Trump tenta uma alternativa à situação atual da economia dos EUA. “Se a alternativa é boa ou ruim, para os EUA e para o mundo, vamos ver. O que está em jogo é a reestruturação do capitalismo norte-americano a partir do seu interior. Esse terremoto interno nos EUA atinge profundamente a Europa. Agora, ela está órfã”, acrescentou.

Leia Também: Rússia planeja anunciar vitória na guerra contra Ucrânia, diz jornal

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

Mundo EUA Há 8 Horas

Menina de 4 anos recorda palavras ditas pelo pai antes de matar avô e mãe

Mundo Eleições 23/02/25

Boca de urna aponta vitória de conservadores do CDU na Alemanha

Mundo Reddit Há 9 Horas

Amigos são convidados para festa, ninguém responde e evento vira o caos

Mundo PAPA-FRANCISCO Há 8 Horas

Papa Francisco continua em estado crítico, diz Vaticano

Mundo Guerra na Ucrânia 23/02/25

Zelensky se diz disposto a deixar presidência "pela paz da Ucrânia"

Mundo Julgamento pedofilia Há 7 Horas

França inicia maior julgamento de caso de pedofilia de sua história

Mundo Alemanha Há 11 Horas

Extrema direita perde para conservadores em eleição alemã, diz resultado

Mundo EUA Há 21 Horas

Trump critica Biden por comprar petróleo à Venezuela e "fortalecer" Maduro

Mundo American Airlines 23/02/25

Ameaça de bomba obriga avião da American Airlines a divergir para Roma

Mundo Papa Francisco 23/02/25

Turistas e religiosos sentem falta do papa Francisco durante missa em Roma