Principal feira de telefonia começa nesta segunda de olho no futuro da IA

Sob o tema "Convergir, conectar, criar", um dos maiores eventos de tecnologia do mundo reúne milhares de pessoas para discutir o futuro e promover a conexão entre empresas, especialistas e investidores.

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Economia Inteligência Artificial 02/03/25 POR Folhapress

GUSTAVO SOARESSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O MWC (Mobile World Congress) começa nesta segunda-feira (3) em Barcelona com mais olhos para a inteligência artificial e suas crescentes aplicações do que para assuntos tradicionais das telecomunicações.

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Sob o tema "Convergir, conectar, criar", um dos maiores eventos de tecnologia do mundo reúne milhares de pessoas para discutir o futuro e promover a conexão entre empresas, especialistas e investidores.

A feira é organizada pela GSMA, entidade que congrega as teles, que espera superar com a edição deste ano os 101 mil participantes de 2024. A maior até agora foi a de 2019, com 109 mil.

Apesar de ter se tornado conhecido por seu olhar para o setor de telecomunicações, o MWC 2025 estará mais atento ao presente e ao futuro da IA do que a assuntos como 5G e relação com big techs.

A exceção será a tradicional abertura, na segunda, com presença da GSMA, Telefónica, Telenor e China Mobile. Mas todos os 11 palestrantes de destaque do evento, chamados de Iconic Thinkers (Pensadores Icônicos), abordarão algum aspecto da IA, em setores como mídia, saúde e economia.

"A mesma energia disruptiva que apareceu quando o setor de comunicação móvel explodiu pela primeira vez está de volta mais uma vez [com a IA]", disse John Hoffmann, CEO da GSMA, em prévia do evento realizada em janeiro.

Ligados diretamente ao setor, estarão presentes Aravind Srinivas, CEO da Perplexity AI, umas das principais rivais da OpenAI, e Arthur Mensch, da francesa Mistral. Também haverá uma palestra com o futurista Ray Kurzweil, defensor da visão de que a tecnologia superará a inteligência humana até 2045.

Já as palestras de Jessica Sibley, CEO da Time, e da economista Keyu Jin, conectarão o tema às áreas de mídia e economia, respectivamente.

O lado feira do MWC estará representado por estandes de empresas de telecomunicações como Telefónica, Ericsson e Huawei; de dispositivos móveis, como Samsung, Xiaomi, Lenovo e Honor; de chips, AMD, Arm, Intel e Qualcomm; e de big techs, Meta e divisões do Google e da Amazon.

O governo brasileiro estará representado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

Marcas chinesas costumam aproveitar o evento para anunciar ou demonstrar produtos recentes para o público global. A Xiaomi, por exemplo, deve exibir o smartphone topo de linha Xiaomi 15 Ultra, anunciado na quinta (27), e o carro elétrico SU7 Ultra. A Honor, que estreou no Brasil em janeiro, terá um evento neste domingo (2) para anunciar um agente de IA.

Tema deste ano, a convergência de visitantes do mundo inteiro no MWC também destaca o papel econômico do evento para a região.

John Hoffmann, da GSMA, disse que a feira deve gerar um impacto de 550 milhões de euros (R$ 3,3 bilhões) na economia da cidade catalã em 2025. Desde a primeira edição realizada em Barcelona, em 2006, o impacto estimado é de 7 bilhões (R$ 42 bilhões).

Além de Barcelona, o evento também tem edições locais em Xangai, em Las Vegas e em Kigali, na Ruanda.

O repórter viaja a convite da Honor

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