Nunes descumpre metas de alfabetização e mobilidade em primeiro mandato

A gestão Nunes também não concluiu objetivos em educação relacionados à alfabetização e desenvolvimento de alunos de 7 e 8 anos

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Brasil São Paulo Há 13 Horas POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) deixou de cumprir ao menos 8 das 11 metas na área de transporte no primeiro mandato, de 2021 a 2024. No mesmo período, a administração reeleita também não concluiu objetivos em educação relacionados à alfabetização e desenvolvimento de alunos de 7 e 8 anos.

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Os dados fazem parte do Programa de Metas da Prefeitura de São Paulo, que reúne 86 propostas para serem concluídas em até quatro anos. Do total, 65 metas foram atingidas e 21, não.

Segundo a secretária-executiva de Entregas Prioritárias da gestão Nunes, Cibele Molina, o percentual de 75% de metas batidas é o melhor resultado entre todas as edições do programa. "Não fizemos tudo que gostaríamos, mas estamos empenhados nisso. Não tem obra parada."

Entre os objetivos alcançados, o maior número é da área da saúde, com dez projetos finalizados, seguida de sete em educação e seis em zeladoria e em ambiente.

Os projetos não finalizados pela prefeitura incluem a construção de 40 quilômetros de corredores de ônibus, quatro novos terminais de ônibus e a implantação de corredores nas avenidas Aricanduva e Radial Leste, na zona leste.

Além disso, ainda não foi viabilizada a adaptação de 20% da frota de ônibus em veículos elétricos, e nem foi concluída a meta de equipar toda a frota de ônibus com acesso à internet sem fio, tomadas USB e ar-condicionado.

Outra meta não cumprida é a que determinava a alfabetizado das crianças da rede municipal até o final do segundo ano do ensino fundamental. Avaliação do MEC (Ministério da Educação) mostrou que a37,9% dos estudantes de 7 anos da rede paulistana estavam alfabetizados em 2023 -desempenho abaixo da média das escolas públicas do país, que tinham 56% das crianças alfabetizadas nessa idade.

Mais duas metas em relação ao desempenho de alunos do ensino fundamental não foram concluídas: ampliar as notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Paulistana (Idep) e implementar 12 novos Centros Educacionais Unificados (CEUs).

Segundo a secretária-executiva, as dificuldades da educação municipal são um reflexo do impacto da pandemia. "A prova São Paulo feita em 2023 refletiu dois anos do fundamental em ensino remoto", diz sobre o indicador usado para calcular o Idep.

Entre as estratégias para melhorar esses índices, de acordo com a secretária, estão o aumento do quadro de professores e a ampliação da escola em tempo integral. De 2021 a 2024, a gestão Nunes cumpriu a meta de aumentar o número de estudantes nessa modalidade de ensino. "Estamos com cerca de 450 mil alunos o dia todo na escola", diz a secretária. A rede municipal é composta por cerca de 1 milhão de estudantes.

Sobre o não cumprimento das metas de transporte público, a secretária disse que se tratam de desafios de grande porte com impacto significativo na comunidade local, como desapropriações de imóveis.

"Têm que ser exaustivamente discutidas com a população", disse, além de citar a necessidade de recurso estrangeiro, como o empréstimo do Banco Mundial para a construção do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, na tradução do inglês) Aricanduva. A licitação para esse projeto, anunciado há três anos, está aberta desde abril do ano passado.

Outra entrega atrasada, a criação do Centro Municipal para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), teve as obras iniciadas em março do ano passado.

Em relação à zeladoria, a gestão não concluiu a meta de manter abaixo de dez dias o tempo médio de atendimento a demandas de tapa buraco, assim como a manutenção de calçadas.

Outra ação voltada aos pedestres, a implantação de nove projetos de redesenho urbano para melhorar a segurança de quem anda a pé na cidade, também ficou abaixo do esperado.

Em relação às ciclovias, dos 300 quilômetros de rede cicloviária previstos até 2024, a gestão Nunes entregou 111. Outros 9,98 km foram finalizados em janeiro deste ano.

A gestão Nunes revogou edital para a instalação de 158 quilômetros de novas ciclovias há cerca de um mês, após recomendação do TCM (Tribunal de Contas do Município), que alegou uma série de irregularidades. O projeto foi orçado em R$ 357,3 milhões. Novo edital será aberto, segundo a administração, mas ainda não foi informada a data.

Segundo a secretária-executiva de Entregas Prioritárias, as demais pendências estão em execução.

A área de segurança urbana teve todas as metas atingidas, entre elas, a contratação de mil guardas-civis e a instalação de 20 mil câmeras de vigilância.

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