Polícia do Rio investiga se presidente do COI tem relação com cambistas
Investigação encontrou troca de mensagens entre Thomas Bach e o presidente do Comitê Olímpico da Irlanda, Patrick Hickey

© Kai Pfaffenbach/Reuters

Esporte Ingressos
Ao investigar a venda irregular de ingressos na Olimpíada, a Polícia Civil do Rio encontrou uma troca de mensagens de texto entre o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, e o presidente do Comitê Olímpico irlandês, Patrick Hickey.
Na conversa, Hickey pede bilhetes a Bach, além da cota recebida. Após o pedido, o comitê irlandês recebeu mais 296 ingressos. Entre eles, bilhetes para as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos, das finais do futebol e basquete masculino, além da prova dos 100 metros do atletismo.
Bach não é investigado. A polícia queria ouvi-lo para entender se o presidente do COI também atuaria na distribuição de ingressos.
"Qualquer pessoa citada é testemunha em um inquérito. É importante a polícia esclarecer a participação do presidente do COI. Até agora ninguém esclareceu isso", afirmou o delegado Ricardo Barbosa.
O COI informou que não pode comentar histórias de jornais ou o procedimento contra Patrick Hickey que está em andamento.
Patrick Hickey foi preso em agosto apontado por repassar ingressos do comitê irlandês para venda irregular. Atualmente, está em liberdade e proibido de deixar o país.
As investigações indiciaram até o momento dez pessoas. Oito são considerados foragidos. Além de Hickey, o executivo Kevin James Mallon, da THG, cumpre prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica. Mallon também está impedido pela Justiça de deixar o Brasil. A THG nega qualquer irregularidade. Com informações da Folhapress.