Mais de 70 presos podem ter sido mortos por agentes públicos, diz órgão
Os detentos desapareceram após as rebeliões em presídios no ano passado
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Justiça Mistério
Um relatório anual do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e que inspeciona penitenciárias, apontou o desaparecimento de 72 detentos após as rebeliões que aconteceram nos presídios no ano passado. Desse número, oito deles são de uma unidade prisional em Roraima e o restante, 64, no Rio Grande do Norte.
Os dados serão divulgados nesta quarta (1º), de acordo com a colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo. A jornalista antecipou que a versão contada e oficial é que eles fugiram dos presídios e não voltaram mais. No entanto, outra suposição é apontada pelo órgão.
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“Os casos envolvem desde a omissão criminosa do Estado - ao não exercer sua obrigação de empreender investigação e buscas de corpos - até suspeitas fundadas em fortes indícios de práticas de homicídios envolvendo agentes públicos, passando inclusive pela ocultação de cadáveres”, afirma o relatório.