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Governo Trump escolhe Venezuela como 1º destino de viagem às Américas

Para o plano de deportação em massa de imigrantes em situação irregular que planeja implementar, Trump precisaria selar algum acordo com Caracas para poder deportar venezuelanos

Governo Trump escolhe Venezuela como 1º destino de viagem às Américas

NL Beeld

Notícias ao Minuto Brasil

31/01/25 16:36 ‧ Há 3 Horas por Folhapress

Mundo Acordos

BUENOS AIRES, ARGENTINA E WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Em uma mensagem de grande peso simbólico, a primeira viagem da administração de Donald Trump às Américas será a Venezuela. O enviado especial do republicano para missões especiais, Richard Grenell, pousou em Caracas nesta sexta-feira (31).

 

A informação foi confirmada no início desta tarde durante entrevista coletiva com Mauricio Claver-Carone, o enviado de Trump para a América Latina, que deixou claro que a visita não se trata de uma negociação. "Estamos levando uma mensagem inequívoca que, se não for cumprida, levará a consequências claras."

Espera-se que Grenell se encontre com o ditador Nicolás Maduro ou com altos membros de seu regime. Ainda que Washington reconheça o opositor Edmundo González como presidente eleito da Venezuela, a Casa Branca precisa de Maduro para partes-chaves de seus objetivos.

Para o plano de deportação em massa de imigrantes em situação irregular que planeja implementar, Trump precisaria selar algum acordo com Caracas para poder deportar venezuelanos, o que hoje não existe. Segundo, ele também precisa da ditadura sul-americana para ampliar os controles contra o tráfico de drogas.

Segundo Claver-Carone: "Os criminosos venezuelanos do Trem de Arágua têm de ser deportados e aceitos pela Venezuela, isso não é negociável; segundo, os reféns norte-americanos hoje na Venezuela têm de ser imediatamente soltos e enviados aos EUA."

O número de pessoas é incerto, mas Caracas afirma ter cidadãos dos EUA detidos em suas prisões acusados de serem mercenários que buscavam desestabilizar o poder.

Claver-Carone deixou claro que reprimendas poderiam ser dadas na agenda econômica venezuelana, em especial no setor de petróleo. O secretário de Estado Marco Rubio já havia dito, em audiência no Senado, que os EUA deveriam rever a permissão que deram para a Chevron atuar em solo venezuelano.

Conselheiros da Chevron em Caracas estimam que a empresa produza de 200 mil a 220 mil barris de petróleo ao dia, se somados também seus associados, na Venezuela. A gigante petroleira ajudou a minimizar a bancarrota do regime e também ajuda no mercado de câmbio do país, para aumentar as entradas de dólares limitadas pelo regime.

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