Entenda por que a demência afeta mais as mulheres do que os homens
A disparidade de gênero é maior do que você imagina
Entenda por que a demência afeta mais as mulheres do que os homens
Em janeiro de 2025, foi publicada uma pesquisa que mostra que o número de casos de demência está aumentando. Em todo o mundo, pessoas em estágios avançados da vida são afetadas por essa doença preocupante, e mais de 50% delas são mulheres. Até certo ponto, o maior número de casos de demência em mulheres pode ser explicado pelo fato de que elas tendem a viver mais do que os homens. Mas não é só isso. Pesquisas sugerem que também há outros fatores a serem considerados (bastante comuns, por sinal) que o grande público desconhece.
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O que é demência?
Demência é um termo usado para doenças que afetam a memória e a função cognitiva de uma pessoa. Exemplos incluem o Alzheimer e demência vascular.
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Estatísticas mundiais
No mundo todo, há mais de 50 milhões de pessoas vivendo com demência e, de acordo com estudos recentes, esse número tende a aumentar.
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A idade como fator de risco
Quando se trata de fatores de risco para demência, o principal é a idade. De fato, a probabilidade de desenvolver demência aumenta significativamente à medida que envelhecemos.
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O gênero como fator de risco
No entanto, as estatísticas também mostram que o gênero de cada um também desempenha um papel, e que as mulheres parecem ser muito mais afetadas do que os homens.
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Estatísticas comprovam
Na Austrália, por exemplo, estudos mostram que quase dois terços de todas as mortes relacionadas à demência são de mulheres. Nos EUA, dois terços das pessoas que vivem com demência são mulheres.
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Por que as mulheres são mais afetadas?
Em termos de razões pelo qual as mulheres são mais propensas a desenvolver demência, um motivo importante tem a ver com outro fator de risco: a idade.
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As mulheres vivem mais
Em média, as mulheres vivem mais que os homens. Dado que o risco de demência aumenta com a idade, e há mais mulheres mais velhas que homens. Então, há mais mulheres com demência.
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Outras razões
No entanto, pesquisas sugerem que há também outras razões pelas quais as mulheres são mais afetadas pela demência do que os homens.
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Fatores de risco importantes
Um desses outros motivos está relacionado às campanhas de saúde pública voltadas para doenças cardíacas e tabagismo, ambos fatores de risco para demência.
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Campanhas de saúde bem-sucedidas
Como os homens tendem a fumar mais do que as mulheres e sofrem de doenças cardíacas desde mais jovens, os pesquisadores acreditam que essas campanhas podem ter mais impacto e, portanto, ajudar a reduzir ainda mais esses fatores de risco — para os homens.
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Diminuição da demência em homens
De fato, um estudo recente no Reino Unido mostrou que a queda no número de novos casos de demência foi motivada pela diminuição nos casos entre homens com mais de 65 anos.
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Outros fatores de risco
Ao mesmo tempo, existem outros fatores de risco para demência que parecem afetar mais as mulheres do que os homens.
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Depressão
Por exemplo, a depressão, que afeta desproporcionalmente as mulheres, tem sido associada ao aparecimento da doença de Alzheimer.
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Fatores hormonais
Além disso, há certos fatores de risco exclusivos para mulheres, como menopausa cirúrgica e complicações na gravidez, que têm sido associados ao declínio cognitivo mais tarde na vida.
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Papéis sociais
Há até evidências que sugerem que papéis sociais, como cuidar de alguém, podem aumentar a chance de uma pessoa desenvolver demência.
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Cuidadora
Na maioria dos países do mundo, a maioria das funções de cuidadora é assumida pelas mulheres.
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Cuidadora
No Reino Unido, por exemplo, 60-70% de todos os cuidadores não remunerados que cuidam de alguém com demência são mulheres.
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Pata entender algumas lacunas
Para preencher a lacuna na prevenção, diagnóstico e tratamento da demência, os cientistas estão trabalhando para entender mais sobre os fatores de risco específicos das mulheres.
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Uma revisão de 2018
Em 2018, por exemplo, o Women’s Brain Project publicou uma importante revisão que analisou uma década de literatura científica relacionada à doença de Alzheimer.
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Revisando e estratificando dados
Pela primeira vez, os cientistas foram solicitados a revisar dados existentes e estratificá-los por gênero.
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Padrões claros
De acordo com Maria Teresa Ferretti, pesquisadora biomédica na área da doença de Alzheimer na Universidade de Zurique, alguns padrões claros emergiram desta revisão de dados.
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Exibição e progressão
As diferenças mais óbvias estavam relacionadas à exibição e progressão de sintomas cognitivos e psiquiátricos entre homens e mulheres.
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Usando as descobertas
Segundo Ferretti, as descobertas deste estudo podem ser usadas para elaborar novas hipóteses e descobrir melhores maneiras de tratar pacientes com demência.
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O problema com os testes para demência
Também há apelos para que os médicos revisem as formas como os pacientes são testados para demência e as formas como a doença é diagnosticada.
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Elas têm melhor desempenho inicial e isso pode atrapalhar
De fato, pesquisas sugerem que as mulheres têm melhor desempenho nos testes diagnósticos iniciais, e que isso pode ter consequências sérias para seu diagnóstico e tratamento.
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Problemas potenciais
Por exemplo, um alto desempenho nos testes iniciais pode levar a um diagnóstico incorreto ou a uma subestimação da gravidade da doença.
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O problema com os ensaios
Por fim, há um argumento de que mais mulheres devem ser incluídas em ensaios clínicos se os médicos quiserem encontrar um tratamento mais eficaz.
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Divisão 50/50
Até agora, tem havido uma divisão quase igual entre os gêneros, apesar do fato de mais mulheres serem afetadas pela demência do que homens.
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Sugestão de melhoria
Tem sido argumentado que, para encontrar melhores tratamentos para a demência, a divisão por gênero em ensaios clínicos deveria ser mais representativa, como em testes para outras doenças, como depressão e esclerose múltipla (EM).
Fontes: (BBC)
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Lifestyle
Declínio cognitivo
29/01/25
POR Notícias Ao Minuto
Em janeiro de 2025, foi publicada uma pesquisa que mostra que o número de casos de demência está aumentando. Em todo o mundo, pessoas em estágios avançados da vida são afetadas por essa doença preocupante, e mais de 50% delas são mulheres. Até certo ponto, o maior número de casos de demência em mulheres pode ser explicado pelo fato de que elas tendem a viver mais do que os homens. Mas não é só isso. Pesquisas sugerem que também há outros fatores a serem considerados (bastante comuns, por sinal) que o grande público desconhece.
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