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Defesa Civil emite pela 1ª vez alerta severo na capital paulista

Várias ruas e avenidas foram alagadas, as escadas da estação Jardim São Paulo do metrô pareciam uma cascata, que acabou por alagar os trilhos, na linha 1-azul. Além disso, parte do teto do shopping Center Norte desabou.

Defesa Civil emite pela 1ª vez alerta severo na capital paulista
Notícias ao Minuto Brasil

24/01/25 18:12 ‧ Há 7 Horas por Folhapress

Brasil CHUVA-SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pela primeira vez, a Defesa Civil estadual emitiu um alerta severo de tempestade para os celulares dos moradores da cidade de São Paulo, pouco antes das 16h desta sexta-feira (24). E o alerta se mostrou acertado porque o que se viu na sequência foi um caos em toda a capital.

 

Várias ruas e avenidas foram alagadas, as escadas da estação Jardim São Paulo do metrô pareciam uma cascata, que acabou por alagar os trilhos, na linha 1-azul. Além disso, parte do teto do shopping Center Norte desabou.

O alerta da Defesa Civil foi recebido por todos os moradores das regiões afetadas. Mesmo os que não haviam se cadastrado receberam a mensagem.

Segundo o órgão estadual, o "alerta foi enviado utilizando o sistema Defesa Civil Alerta, por meio da tecnologia CellBroadCast. Todos os celulares com tecnologia 5G ou 4G receberam o alerta. O objetivo é para que a população se proteja durante este temporal que possuí tempo estimado entre 30 minutos e 1 hora".

A chuva atingiu mais fortemente as regiões norte e central da cidade. Na estação Jardim São Paulo do metrô, a escada de acesso à plataforma parecia uma cachoeira e os trilhos, que ficam no subsolo, alagaram, paralisando a linha 1-azul do metrô.

A avenida Sumaré, na altura do estádio Palestra Itália, encheu de água, parecendo uma lagoa.

Em Pinheiros, a rua dos Pinheiros também alagou, impedindo o tráfego na região. Assim como a avenida Rebouças.

Na Vila Madalena, na zona oeste, a enxurrada descia com força o tradicional Beco do Batman. As ruas do bairro também se encheram.

Na zona norte, parte do teto do shopping Center Norte desabou pelo excesso de água. A administração informou que as fortes chuvas provocaram vazamento e isolamento de algumas áreas. Esclarece ainda que as medidas necessárias estão sendo tomadas pelas equipes, e as áreas serão liberadas em breve. O shopping reitera que apesar do ocorrido, não houve vítimas.

A avenida Luiz Dumont Villares, na Parada Inglesa, também alagou, deixando muitos veículos submersos.

O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) das Prefeitura de São Paulo havia colocado a cidade em estado de atenção para alagamentos às 15h27, devido às chuvas que chegavam à capital tanto pela zona oeste quanto pela zona norte, praticamente ao mesmo tempo.

A previsão indicava a possibilidade de pancadas isoladas, como nos dias anteriores, mas desta vez a precipitação se mostrou generalizada, em quase todos os bairros.

Imagens do radar meteorológico do CGE mostram chuva forte com potencial para queda de granizo nas Zonas Oeste, Norte, Leste e no Centro.

Essa condição aconteceu após uma tarde de forte calor com os termômetros na marca dos 31°C. Segundo o CGE, a chegada da brisa marítima, combinada com a grande disponibilidade de umidade na atmosfera, formou nuvens carregadas, de grande desenvolvimento vertical, e que produzem chuva forte acompanhadas de rajadas de vento e queda de granizo.

Essa condição estava sendo observada em várias cidades, como Jundiaí, Itupeva, Cotia, Barueri, Jandira, Mairiporã, Arujá, Santa Isabel e parte de Guarulhos. A sequência foi a chegada à capital paulista.

De acordo com os dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e do Cemaden, o bairro da Mooca foi onde mais choveu nas últimas seis horas na capital: 94,3 mm. Na sequência, ficaram: Limão (74,6 mm), Luz (73,2 mm), Itaim Paulista (64,2 mm), Jaraguá (63,5 mm), e Pinheiros (50,2 mm).

Ao menos dois voos tiveram de ser desviados do aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, por causa da forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde desta sexta-feira (24).
Por decisão das companhias aéreas, houve dois pousos e duas decolagens cancelados em Congonhas.

O aeroporto ainda não fez um balanço dos prejuízos provocados por causa da chuva, mas às 17h ele estava aberto para pousos e decolagens.

No Aeroporto Internacional de Guarulhos, outros dois voos teriam sido desviados para o Galeão no Rio de Janeiro. A informação, entretanto, não havia sido confirmada pela GRU Aiport, concessionária que administra do aeroporto da Grande São Paulo, até a publicação deste texto.

Os dados do CGE mostram ainda que janeiro acumulou até o momento 85,4 mm de chuva, o que corresponde a 33,2% dos 257,3 mm esperados para o mês.
Às 17h, o Corpo de Bombeiros divulgou ter recebido 20 chamados para inundação, três para desabamento e um para queda de árvore. Não houve vítimas.

Às 15h30, a Enel São Paulo informava que havia 26,6 mil imóveis sem energia elétrica na sua área de concessão que engloba 24 municípios na região metropolitana de São Paulo. Só na capital, 7,8 mil residências estavam às escuras nesse horário.

Às 16h, os números já eram 82 mil na região e 49,7 mil na capital sem energia. Uma hora depois, as residências sem luz já eram 179,6 mil no total e 141 mil na capital.

Em nota, a Enel afirmou ter mobilizado antecipadamente suas equipes para restabelecer a energia aos clientes impactados pelas chuvas. O fornecimento de energia foi afetado em alguns pontos, principalmente nas regiões leste e oeste.

"Neste momento, técnicos trabalham para restabelecer energia para 157 mil clientes que tiveram o serviço afetado, o que equivale a 1,9% dos 8 milhões de unidades atendidas pela empresa nos 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital", disse a concessionária.

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