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Por que está tão difícil para Ronaldo concorrer à presidência da CBF

O cenário político da CBF favorece quem está no poder. Atualmente, Ednaldo Rodrigues

Por que está tão difícil para Ronaldo concorrer à presidência da CBF
Notícias ao Minuto Brasil

25/02/25 14:00 ‧ Há 2 Horas por Folhapress

Esporte RONALDO-NAZÁRIO

(UOL/FOLHAPRESS) - Pouco mais de dois meses se passaram desde que Ronaldo Fenômeno confirmou a intenção de ser candidato à CBF. Na prática, ele tem constatado a dificuldade que é arrumar o apoio para -pelo menos- ter o direito de participar.

 

O cenário político da CBF favorece quem está no poder. Atualmente, Ednaldo Rodrigues.

Ronaldo admite isso na carta que enviou a Fifa, Conmebol, CBF, clubes e federações. Numa crítica ao processo eleitoral, o ex-jogador disse que "o modelo dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas".

Ronaldo, hoje, não tem qualquer apoio formal da principal categoria de eleitores da CBF: as federações estaduais.

Por mais que tenha se reunido com Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista, o Fenômeno deixou o encontro sem o apoio na eleição.

O TAMANHO DA BARREIRA

Para registrar chapa, um candidato precisa ter ao seu lado quatro federações e quatro clubes, no mínimo. Não é à toa que esse pedaço do estatuto é chamado de cláusula de barreira.

E tem mais: o voto das entidades estaduais tem peso três. Juntas, são capazes de ganhar "sozinhas" a eleição.

E os 40 clubes das Série A e B? Se decidissem apoiar um candidato específico de oposição, conseguiriam gerar uma obstrução eleitoral. Sem clubes, o nome da situação também não conseguiria registrar chapa. Mas trata-se de um cenário fora da realidade atual -para não dizer impossível.

Ronaldo fez sinalização aos clubes, mas sem retorno consistente até agora. A falta de previsibilidade sobre quando, de fato, o processo eleitoral começará embaralha as coisas. E quem aperta esse botão é justamente Ednaldo.

A partir de 23 de março, tudo pode acontecer -é o prazo estatutário a partir do qual o pleito pode ser marcado. O Fenômeno pediu na carta enviada esta semana que a data seja definida com pelo menos um mês de antecedência.

QUEM APOIA EDNALDO

Ronaldo disse que estaria disposto a viajar o Brasil para apresentar seu projeto. Mas tem encontrado resistência de Norte e Sul, pelo menos segundo as federações ouvidas pelo UOL nas últimas semanas.

"Se Ednaldo tiver um voto apenas, será o meu", disse Daniel Vasconcelos, presidente da Federação do Distrito Federal, ao UOL.

Mesmo que nos bastidores haja críticas à demora em algumas decisões da CBF atual, não tem quem publicamente coloque a cabeça para fora da casinha da chapa de situação.

Ednaldo tem se cercado de um círculo de apoio ferrenho. Começa pelo presidente da Federação Bahiana, Ricardo Lima -cunhado de Ednaldo-, e passa por outros que têm ou já tiveram cargos na administração, como Gustavo Vieira (ES) e Rozenha (AM).

Se perguntar a Ricardo Paul, do Pará, é Ednaldo na cabeça. Com Rubens Lopes, no Rio, Ronaldo também não teve abertura. Só para citar mais alguns.

Em geral, as federações também não confiam de cara em figuras que são consideradas outsiders. Ronaldo é campeão do mundo, mas não convive nos bastidores. Mesmo quando era dono do Cruzeiro, a atuação na Federação Mineira se dava mais por meio do então CEO da SAF, Gabriel Lima.

Tem também o aspecto financeiro. A CBF repassa mensalmente R$ 120 mil às federações para cobrir despesas. É o chamado PAF (programa de apoio às federações). Ednaldo tem o poder de travar a liberação, se quiser. Isso é um temor dos presidentes.

No embalo pré-eleitoral, o atual presidente da CBF recentemente conseguiu até afastar a ameaça de queda do poder via Supremo Tribunal Federal (STF). Ednaldo fechou acordo em ações judiciais anteriores que questionavam um documento assinado junto ao Ministério Público do Rio (MP-RJ). O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) serviu de alicerce para a eleição mais recente, em 2022.

Por outro lado, as vozes que apoiaram Ronaldo publicamente até agora foram de ex-jogadores. Mas o nível de influência deles na eleição da CBF, na prática, é mínimo. Para não dizer nulo.

Leia Também: Ronaldo critica processo eleitoral da CBF e pede supervisão da Fifa

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