Palmeiras e Cerro tiveram debate quente sobre racismo
O dirigente palmeirense pediu para que os dirigentes paraguaios intensificassem a luta contra o racismo

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Esporte Futebol
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Paulo Buosi, vice de Leila Pereira no Palmeiras, cobrou Juan José Zapag, presidente do Cerro Porteño, após o sorteio dos grupos da Copa Libertadores, na noite desta segunda-feira (17), em Assunção, no Paraguai.
O episódio aconteceu antes da fala polêmica do presidente da Conmebol sobre a Libertadores sem a participação de times brasileiros.
O QUE ACONTECEU
O dirigente palmeirense pediu para que os dirigentes paraguaios intensificassem a luta contra o racismo. A direção alviverde ficou inconformada com a punição aplicada pela Conmebol após Luighi ser vítima de racismo da torcida do Cerro na Libertadores sub-20.
"Temos um papel na sociedade. Acabar com o racismo. Vamos mudar. Impunidade é o combustível para acontecer de novo, e tem acontecido. Temos que falar [sobre racismo] acabar com esse crime, essa praga que existe na sociedade.", disse Buosi para Zapag.
Zapag respondeu que o assunto Luighi já estava encerrado depois das punições e que queria parar de falar sobre essa "guerra". O UOL apurou que pessoa na Conmebol ficaram incomodadas com a "forma bélica" que Buosi conversou com os dirigentes do Cerro.
Mesmo assim, o Palmeiras ficou bem satisfeito com a forma que Buosi se portou. Fez as cobranças pessoalmente e foi duro, o que a Conmebol não fez.
O caso de racismo contra Luighi não foi o primeiro em um Cerro x Palmeiras: em 2023, Bruno Tabata foi alvo de ofensas racistas. Tabata foi chamado de "macaco" por torcedores do Cerro. Na ocasião, quem foi punido foi o próprio jogador, pegando quatro meses de suspensão. As equipes estão no mesmo grupo mais uma vez nesta edição.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, até boicotou sorteio da Libertadores em protesto. O clube paraguaio foi multado em US$ 50 mil e determinou que a equipe jogasse a Libertadores sub-20 com portões fechados.