Papa apresenta leve melhora, e insuficiência renal não preocupa, diz Vaticano
A insuficiência renal registrada no domingo (23) não é preocupante, segundo os médicos
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© FILIPPO MONTEFORTE/AFP via Getty Images
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ROMA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) - O papa Francisco apresenta uma "leve melhora" e não teve crises respiratórias nesta segunda-feira (24), segundo novo boletim divulgado pelo Vaticano na tarde desta segunda-feira (24). A insuficiência renal registrada no domingo (23) não é preocupante, segundo os médicos. Este é o décimo dia do pontífice no hospital Agostino Gemelli, em Roma, a quarta internação em seu papado e agora a mais longa não programada –em 2021, ele também ficou dez dias no Gemelli, mas para uma cirurgia prevista no intestino.
O boletim anterior, da noite de domingo (23), dizia que ele não tinha tido novas crises respiratórias, como a verificada ao longo do sábado (22), mas apresentava sinais de insuficiência renal. Ele continuava recebendo oxigênio por cateter nasal, mas não tinham sido feitas novas transfusões.
Pela manhã, a nota se limitou a relatar que a noite tinha sido boa e que o papa estava descansando depois de ter dormido. Segundo fontes do Vaticano, o papa se alimentava normalmente, sem nutrição artificial, e estava de bom humor. Ele continuava com o tratamento farmacológico e não sentia dores.
Nesta segunda, às 21h (17h de Brasília), o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé, vai conduzir um rosário na praça São Pedro para rezar e manifestar solidariedade ao papa. Ele é um colaborador próximo de Francisco.
Devem participar demais cardeais que moram em Roma e funcionários da Cúria Romana, o braço administrativo do Vaticano.
Na noite de domingo (23), o cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, alinhado a Francisco, já havia celebrado uma missa para o pontífice em Bolonha.
"Queremos nos unir ao Santo Padre, pedindo ao Senhor que o apoie neste momento de sofrimento, para que encontre alívio e possa se recuperar o mais rápido possível", disse Zuppi.
Em demonstração de que segue em parte suas funções, o papa assinou a nomeação de quatro bispos nesta segunda, incluindo um brasileiro. O mineiro dom Joaquim Giovani Mol Guimarães foi nomeado como coadjutor da Diocese de Santos.
Depois de evidente dificuldade respiratória em eventos públicos desde o início de fevereiro, o papa foi internado no dia 14 com sintomas de bronquite.
Exames depois revelaram a existência de uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral (nos dois pulmões). O equilíbrio da terapia farmacológica é um desafio, disseram os médicos do papa na sexta (21), na única entrevista coletiva até o momento.
Francisco, papa desde 2013, tem sofrido com problemas de saúde nos últimos dois anos. Ele é propenso a infecções pulmonares porque desenvolveu pleurisia quando jovem e teve parte de um pulmão removida.